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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Voltando às notas históricas:
Da obra TERRAS PORTUGUESAS – Arquivo Histórico – Geográfico ou Geografia Histórica Portuguesa, de Baptista de Lima, Póvoa de Varzim, Tipografia Camões-Editora, 1932, Pag.s 455 a 458, foi possível extrair as seguintes informações:
- No LIVRO DE FORAIS NOVOS DO ALENTEJO, folha 65, coluna 2, consta o Foral de Campo Maior, com a indicação de que foi dado em Lisboa em 15 de Setembro de 1512, por D. Manuel, incorporando-a na coroa com o privilégio de não mais sair dela;
- Campo Maior é cabeça de concelho no Distrito de Portalegre;
- Segundo o cadastro de 1527, a vila teria 632 fogos na cerca e nos arrabaldes e mais 32 no termo da vila, total 664 fogos , (Isto correspone a uma população de cerca de 2.500 habitantes);- O bispo de Elvas, D. Sebastião de Matos e Noronha, fez reconstruir a igreja matriz depois da explosão de 1732; (1)
- Em 1762, era vila da correição de Elvas, tendo todos os privilégios desta cidade que lhe tinham sido atribuidos por D. Dinis e lhe foram acrescentados po D. João II;
- Em 1811, era vila com juiz de fora na comarca, provedoria e diocese de Elvas;
- Em 1811, o comandante inglês Beresford recebeu o título de Marquês de Campo Maior pela maneira como conduziu à vitória as tropas que fizeram fugir os franceses em 25 de Março desse ano. Foi também pela resistência da praça de guerra ao cerco dos franceses que a vila recebeu a distinção que orna os seu brasão “ Leal e Valorosa Vila de Campo Maior”.
-Entre 1821 e 1826, vila passou a ter duas freguesias – Senhora da Expectação (704 fogos) e S. João (580 fogos), total de 4.987 habitantes;
- Em 1835, a vila concelho era sede de julgado com mais os concelhos de Arronches e Barbacena e Ouguela.:
- Em 1842, vila com 1.294 fogos e 3 freguesias: Nossa Senhora da Expectação (666 fogos); S. João Baptista (532 fogos) e Nossa Senhora da Graça de Ouguela que havia sido vila com foral (96 fogos); Verificou-se um decréscimo da população.
- Em Campo Maior, o pelourinho é monumento nacional;
- Campo Maior dista uma légua de Ouguela, partindo o termo pelo meio; de Arronches dista quatro léguas e uma do seu termo; de Elvas dista três léguas e uma do seu termo; de Badajoz dista três léguas e partem os termos pelo meio.
De Campo Maior disse Pinho Leal, in “Portugal Antigo e Moderno”, Lisboa, (1873 – 1890): Vila: 1.400 fogos, 5.000 habitantes em 3 freguesias: Expectação; Nª Sr.ª da Graça; S. João). Mas, na verdade, é apenas uma, a da Expectação, porque as duas outras são uma espécie de curatos anexos, dependentes da matriz principal. A de Ouguela tem 70 fogos.
Disse também que é praça de armas, que é vila muito antiga e que D. Dinis lhe fez o castelo em 1380. E que passa a 3 km o rio Caia; que D, João II lhe deu um brazão com as armas de Portugal de um lado e do outro S. João baptista, o seu patrono. Refere também que no tratado (De Alcanizes) de 1297, Portugal e Castela acordaram em que Campo Maior, Ouguela e Olivença, se integrassem no reino de Portugal.
- Refere que D. Dinis deu primeiro a vila ao concelho de Elvas por carta régia de 19 de Novembro de 1297 e que depois lhe concedeu foral em 18 de Novembro de 1309 (outros dizem que o foral lhe foi concedido em 1299).
- Refere também que terá feito doação da vila à sua filha a infanta D. Branca em 1310 e, em 1311, a sua irmã a infanta D. Branca. Por morte desta foi senhor da vila D. Afonso Sanches, filho natural de D. Dinis e senhor de Albuquerque.
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(1) Desde as sua origens, até ao fim da Idade Média, o concelho de Campo Maior constituia apenas uma paróquia e tinha como sede a igreja matriz que fora construida dentro do castelo, com a vocação de Santa Clara que depois fora mudada para a de Nª Sr.ª da Assumpção.
Em 1574, porque a igreja estava velha, bastante arruinada e, por ser pequena, não caber nela o povo, foi decidido substituí-la por outra mais ampla e situada em lugar mais central, porque a vila tinha crescido bastante pa fora das muralhas do castelo.
Em 1645, embora a "Igreja Nova" não estivesse ainda acabada, os clérigos tiveram que vir ocupá-la para deixarem a do castelo aos frades franciscanos. Estes tiveram que sair do seu Convento de Santo António, situado no actual "Campo da Feira", que foi demolido, para serem construídas as muralhas que tornaram Campo Maior uma praça-de-guerra apta para defender a fronteira, na Guerra da Restauração da Independência que estava na eminência de começar. É interessante que, para o povo, esta nova igreja que passou a ser a sede da paróquia, sob o orago de N.ª S.rª da Expectação, foi designada, pelas pessoas mais idosas, como a Igreja Nova, quase até finais do século XX.
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