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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
João Ruivo foi a alma do jornal O Campomaiorense numa primeira fase de publicação que durou de 1921 a 1923. Durante este período o jornal procurou manter-se imparcial e acima das lutas partidárias. Embora João Ruivo fosse um activo militante republicano, era seu entendimento e sua prática que o jornalismo devia usar do máximo de neutralidade e de democraticidade mantendo-se equidistante em termos de opiniões políticas.
A falta de recursos económicos, o peso excessivo das despesas e a fraca adesão dos leitores numa terra onde imperava o analfabetismo, ditaram a necessidade de procurar uma solução que viabilizasse a continuação do jornal.
Outro grupo de jovens, quase todos ligados a famílias de grandes proprietários agrícolas, alguns com cursos superiores, tomaram o encargo de fazer sair o jornal, começando assim a 2ª fase da sua publicação que iria durar de 1924 a 1927. Este grupo agia sob a liderança do Dr. Francisco Telo da Gama personalidade que durante muito tempo marcou profundamente a vida de Campo Maior, na chefia do município, como governador civil do distrito e como membro do governo.
A partir de certa altura, a colagem do jornal a tendências políticas que pugnavam por soluções de carácter autoritário, levou o antigo grupo fundador a reagir criando outro jornal, o – Notícias de Campo Maior – ficando assim a vila com dois jornais entre os anos de 1926 a 1928.
Depois, seguiu-se a Ditadura Militar que resultou da vitória do golpe levado a efeito por militares em 28 de Maio de 1926. A acção inibidora da censura, a suspensão das liberdades democráticas e a saída de João Ruivo de Campo Maior, ditaram o encerramento do Notícias de Campo Maior a partir 1 de Junho de 1929.
O Campomaiorense que já tinha suspendido a sua publicação em 14 de Abril de 1928, voltaria a publicar-se nos anos de 1933 a 1935, então já com um total alinhamento com o Estado Novo e com a ideologia salazarista.
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