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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Estêvão da Gama de Moura e Azevedo, governador de Campo Maior entre 1706 e 1741, refere-se ao palácio (dito, Palácio Olivã, ou Palácio do Visconde, ou Casa do Barata, onde hoje se encontra a Biblioteca Municipal) do seguinte modo:
(Estas casas) são de D. João de Aguilar Mexia, no Terreiro das Estalagens, com oito janelas (altas) e outras tantas (janelas) baixas. Tem dentro uma horta com muitas árvores, uma fonte com a mesma água que vem à que tem nas fontes públicas o Povo. Nelas se tem acomodado o Sr. Infante D. Francisco, as três vezes que tem vindo a esta praça. Sendo a primeira em segunda-feira, 18 de Dezembro do ano de 1713, a segunda em 14 de Setembro de 1714, e a terceira em treze do dito mês do ano de 1715. Nestas mesmas casas se fez aposentadoria para S. Majestade, que Deus guarde, o ano de 1716, de que não usou, porque vindo no dia doze de Novembro a esta Praça voltou no mesmo a Elvas, por causa da chuva que sobreveio.
- Por este texto se pode concluir que, no início do século XVIII, o palácio seria, a mais nobre casa de Campo Maior, pois que, estando a vila em reconstrução depois do desastroso cerco de 1712, a vila, que ficara muito arruinada, foi visitada por um irmão de D. João V e foi neste palácio que esteve hospedado. O próprio rei que, por essa mesma altura, visitou a vila para observar o andamento da sua restauração, teve aposentos preparados neste palácio, não chegando a pernoitar neles. Regressou no mesmo dia a Elvas por receio dos efeitos que a chuva pudesse ter sobre os caminhos, dificultando o regresso. Por este tempo ainda não existia ponte sobre o Caia, na estrada para Elvas, tornando-se muito difícil de transpor a vau por se tornar muito caudaloso.
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