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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
CAMPO MAIOR NO CONTEXTO DA GUERRA DA SUCESSÃO DE ESPANHA (1701 – 1714)
A Guerra da Sucessão Espanhola disputou-se entre 1701 e 1714 pelo direito de sucessão da coroa espanhola, depois da morte do último monarca da Casa de Habsburgo, Carlos II de Espanha, sem deixar herdeiros da rainha Maria Luísa d'Orleães, a qual pertencia à família real francesa.
O imperador Leopoldo I da Áustria, parente próximo do rei falecido, julgando-se com direitos ao trono de Espanha, iniciou as hostilidades, e assim teve início a guerra.
O conflito seria concluído com a assinatura do Tratado de Paz com a Espanha (2° Tratado de Utrecht, 6 de Fevereiro de 1715). Antes, já desde Setembro de 1709, se faziam tentativas de pôr termo à guerra na cidade flamenga de Utrecht. Porém, a morte de José I, imperador da Alemanha, a quem sucedeu seu irmão Carlos III de Espanha provocava um desiquilibrio que ditou a necessidade de restabelecer a paz.
No caso português, são de referir os últimos episódios da guerra:
- Em 15 de março de 1711, foi recuperada a praça de Miranda do Douro que, em 1710 fora entregue aos espanhóis pelo sargento-mor da vila a troco de 6.000 dobrões;
- Mas, em Campo Maior, o cerco movido pelo marquês de Bay em fins de Setembro de 1712, manteve a vila sob bombardeamento até finais de Outubro, tendo os espanhóis levantado o cerco e retirado para Badajoz, devido à eficaz defesa dos sitiados.
O pior efeito desta demorada e desgante guerra foi o país ter ficado depauperado, com os locais de conflito basatante arruinados. Seguiu-se um periodo de graves dificuldades.
A Inglaterra tivera uma atitude pouco louvável que levou à aproximação de Portugal da França e da Espanha, reduzindo-se o tráfico com a Inglaterra e a Holanda. Foi dada particular importância á incrementação do tráfico com o Brasil. As relações com a França de Luís XV nem sempre foram fáceis de gerir, chegando mesmo á ruptura das relações diplomáticas que se manteve até 1737.
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In, Joaquim Veríssimo Serrão – História de Portugal, Vol. V (1640- 1750) Ed. Verbo
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