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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Fonte de S. Pedro: em primeiro plano, o tanque para lavar roupa, seguindo-se o bebedouro e a fonte.
Tudo indica que seja a mais antiga das fontes de Campo Maior.
É constituída por uma tríplice estrutura de acordo com as funções a que se destinava: fonte, bebedouro e tanque.
Localizada numa importante saída de Campo Maior, perto do local onde se ramificam os caminhos que dão acesso a Ouguela e às terras mais férteis do concelho que começam no chamado Rossio de S. Pedro.
Fica situada à entrada de um vasto terreno plano que antigamente se chamava “a Defesa de S. Pedro”: Este terreno que era propriedade do município, tinha funções importantíssimas para a comunidade agrícola que habitou Campo Maior até ao fim do século XIX. Aí se localizava uma área importante de cultivo de cereais, a qual servia também de pastoreio comunitário para os gados, em aproveitamento dos restolhos, e do Rossio onde se faziam as eiras.
Mais adiante há outra pequena fonte, vendo-se os bebedouros para gado bovino, ovino e caprino. A função deste local para o resguardo dos gados e o pastoreio comunitário, está bem testemunhada na existência de um bebedouro de muros baixos destinado ao gado bovino, ovino e caprino, o qual fica a pouca distância da Fonte de S. Pedro, e é alimentado pela mesma nascente.
No final do século XIX, parte destes terrenos foram divididos em parcelas e distribuidos pelos habitantes da vila. Para evitar favorecimentos, as parcelas eram numeradas e esses números extraidos à sorte. Como se fizera também nos terrenos das terras comunais, desiganadas como a Defesa da Godinha. Daí o nome de "sortes" atribuido a essas parcelas.
A Fonte de S. Pedro foi sempre de tal importância para a população de Campo Maior que, quando se projectou a construção do cemitério no terreno murado adjacente à Ermida de S. Pedro, o povo protestou, temendo a contaminação das águas. A Câmara, considerando pertinente a razão invocada, mudou o local do cemitério para o sítio onde, até hoje, se localiza, ou seja, em terrenos adjacentes à Horta do Paraíso, daí o nome de Cemitério do Paraíso. Enquanto o novo cemitério e a estrada de acesso se faziam, os enterramentos foram feitos na cerca que pertencera ao extinto convento franciscano de S. António.
O local que chegou a estar preparado para o cemitério, era o terreno que, para o efeito foi murado, no topo da Avenida Calouste Gulbenkian, colado ao terreno da Ermida de S. Pedro que deveria servir de capela do cemitério.
O mais interessante é que, como ficou provado por investigação arqueológica, este local já fora cemitério no tempo dos romanos. Seria designado como Ad Sptem Aras (Traduzindo à letra, Dos sete altares) e era ponto de apoio para os viajantes na estrada para Mérida. Como tal, seria considerado chão sagrado, com templo para o culto religioso e cemitério para enterramentos. Teria como anexos, os aposentos para repouso e o local para banhos, devido à abundância e boa qualidade da água.
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