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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Essencialmente agrícola, a povoação alimenta-se da uberdade da terra e só dela. Se a agricultura não constituiu exclusivamente outrora o lavor diário dos campomaiorenses, é hoje, e vai continuar a ser, o mais valioso recurso para que podem apelar. Exporta muito trigo, legumes e azeite e, tendo o cultivo da vinha assumido nos últimos anos proporções inesperadas, as bebidas alcoólicas constituem já um grosso rendimento. Também exporta lã e alguma laranja.
O rendimento das contribuições públicas no ano de 1867 foi:
Receita virtual ……… 9.093$960
Dita eventual …….... 3.372$038
Parecerá valioso este rendimento se se reflectir que a área do concelho é pequeníssima, pois, do lado de Espanha mede somente seis a oito quilómetros, apenas dois ou três do lado de Arronches, e pouco mais na direcção de Elvas. Este vício de divisão territorial faz com que muitos colonos dos termos de Elvas e de Arronches residam em Campo Maior como figurados hóspedes. Isso é, são industriais que desertam de noite das suas colónias para povoado alheio, por causa da tirania ou desleixo dos governantes os quais exigem, não poucas vezes, que o habitante de dos campos seja cidadão fictício de uma localidade vinte e mais quilómetros distante do centro da sua indústria, quando há outra povoação de importância, apenas afastada dois ou três, onde ele tem o seu domicílio verdadeiro.
... Indústrias novas não se têm criado e apenas se pode dizer que certas necessidades, provenientes do progresso da agricultura, foram remediadas. Nessa consideração tenho a construção de duas fábricas de destilação e alguns lagares de moer azeitona.
(JOÃO DUBRAZ, 1869, p. 6 e 7)
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