Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]




ECONOMIA CAMPOMAIORENSE EM MEADOS DO SÉC. XIX

por Francisco Galego, em 12.10.15

Essencialmente agrícola, a povoação alimenta-se da uberdade da terra e só dela. Se a agricultura não constituiu exclusivamente outrora o lavor diário dos campomaiorenses, é hoje, e vai continuar a ser, o mais valioso recurso para que podem apelar. Exporta muito trigo, legumes e azeite e, tendo o cultivo da vinha assumido nos últimos anos proporções inesperadas, as bebidas alcoólicas constituem já um grosso rendimento. Também exporta lã e alguma laranja.

 

O rendimento das contribuições públicas no ano de 1867 foi:

                       Receita virtual ……… 9.093$960

                       Dita eventual …….... 3.372$038

 

Parecerá valioso este rendimento se se reflectir que a área do concelho é pequeníssima, pois, do lado de Espanha mede somente seis a oito quilómetros, apenas dois ou três do lado de Arronches, e pouco mais na direcção de Elvas. Este vício de divisão territorial faz com que muitos colonos dos termos de Elvas e de Arronches residam em Campo Maior como figurados hóspedes. Isso é, são industriais que desertam de noite das suas colónias para povoado alheio, por causa da tirania ou desleixo dos governantes os quais exigem, não poucas vezes, que o habitante de dos campos seja cidadão fictício de uma localidade vinte e mais quilómetros distante do centro da sua indústria, quando há outra povoação de importância, apenas afastada dois ou três, onde ele tem o seu domicílio verdadeiro.

... Indústrias novas não se têm criado e apenas se pode dizer que certas necessidades, provenientes do progresso da agricultura, foram remediadas. Nessa consideração tenho a construção de duas fábricas de destilação e alguns lagares de moer azeitona.

(JOÃO DUBRAZ, 1869, p. 6 e 7)

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:06



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2009
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2008
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2007
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D