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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
A atitude dos autarcas e de certos responsáveis, tanto a nível regional, como no âmbito da política nacional, é tal que só se pode justificar por enorme insensibilidade e uma quase total falta de conhecimentos sobre as questões ambientais. O problema atinge proporções tão graves que, me parece pertinente colocar, com carácter de urgência, a seguinte questão:
Porque se demora tanto a apresentar e fazer aprovar no Parlamento uma lei que assegure a preservação e conservação do Património Natural?
Esta questão faz-me ter algumas dúvidas sobre outra que sempre defendi como opção natural: a do alargamento do poder local. Porque, neste caso, é pertinente colocar, como dúvida, se esta seria a solução mais adequada, dada a fúria arboricída de que constantemente nos chegam notícias.
“TÚNEL DAS ÁRVORES FECHADAS” EM MARVÃO PROTEGIDO
Consegui impedir que o atentado que estava a ser levado a cabo durante a manhã de hoje fosse suspenso e os danos minimizados. O abate de dez freixos centenários que forma o famoso e ímpar “túnel das árvores fechadas”, composto por quase três centenas de árvores com estatuto de interesse público, foi suspenso.
O âmbito de uma intervenção programada e promovida pelas Infraestruturas de Portugal, deu-se início ao abate de dez árvores constituintes deste património natural. Durante os trabalhos de preparação, vários organismos, entre os quais a autarquia de Marvão, foram informados mas não foram tomadas medidas para impedir que os trabalhos começassem. Já durante a manhã, um conjunto de munícipes, entre os quais o vereador com o pelouro do Ambiente, José Manuel Pires, tentaram que o processo fosse suspenso. A minha intervenção junto da tutela contribuiu para que fosse dada ordem para interromper os trabalhos.
Estamos perante um património natural de grande importância para a região. O complexo de freixos centenários que transforma uma simples recta de uma estrada num ícone do concelho de Marvão e do distrito de Portalegre constitui um factor de riqueza evidente e que é valorizado não só pelas populações como pelos visitantes. Este património não pode sofrer intervenções indiscriminadas. É necessário fazer um trabalho que assegure a sustentabilidade destes símbolos tão importantes para a região.
Este eixo na Estrada Nacional 246-1, que liga Marvão a Castelo de Vide, é ladeado por quase três centenas de freixos centenários (com quase 30 metros de altura) de nome científico Fraxinus angustifolia Vahl, que formam uma magnífica alameda.
O valor natural levou a que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas tivesse atribuído, inclusivamente, o estatuto de Árvore de Interesse Público.
(In https://www.facebook.com/ Luis Moreira Testa
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