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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Sobre a origem do nome, fazem os antiquários (1) conjecturas, crendo alguns que venha de campus major, por se avistar do castelo, para Leste, uma vasta planície. O nome seria de origem romana, pois assim eram designadas as terras extensas e planas, boas para a agricultura, porque nelas se podiam melhor cultivar o trigo, a vinha, o olival e criar rebanhos de gado.
Outros supõem que a povoação teria começado nas proximidades da Ermida de S. Pedro, onde se têm encontrado alguns vestígios da presença dos romanos. Mas, com as invasões do Império Romano pelos povos ditos bárbaros, as guerras que se travaram, terão afastado o povoado do campus major para se situar num ponto elevado onde pudessem construiram um castelo para defesa da população.
Outros ainda, crêem piamente que houve um campus major, escolhido pelos antigos povoadores, para ampliarem a vila velha, a qual começava nos Cantos de Baixo, onde, numa casa antiga, está no vão de uma janela, uma pedra com três caras esculpidas, símbolizando os três períodos da vida: Juventude, Idade Madura, e Velhice.
Há antiquários que atribuem a construção do castelo aos romanos e outros que a atribuem aos mouros (2). Nada disto se pode asseverar nem negar face às provas que se conhecem.
Os panos amuralhados denunciam-nos a arquitectura simples dos castelos da Idade Média.
Estêvão da Gama, - governador militar e cronista dos factos históricos de Campo Maior - em texto redigido nas primeiras décadas do séc. XVIII -, cita o livro de Francisco Brandão, Monarquia Lusitana, em que se diz que os moradores de Elvas ganharam o castelo de Campo Maior pela ruim vizinhança que lhe faziam os seus moradores, então castelhanos.
As crónicas mais antigas, dizem-nos somente que D. Dinis reformou o castelo, para o que terá aproveitado uma construção anterior. Numa memória dos franciscanos, assevera-se que o castelo foi edificado em 1310. Nessa memória refere-se que “veio a vila à corte deste reino, por D. Dinis, que reformou e reparou o castelo”.
(Texto elaborado a partir do que João Dubraz escreveu, no seu livro publicado em 1868 e em1869)
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(1) Este termo que, para nós significa que alguém se dedica a coleccionar ou transaccionar coisas antigas, significava para João Dubraz, os que se dedicam ao estudo das coisas antigas.
(2) Contudo, é pouco seguro atribuir a sua fundação aos mouros, só por estar o castelo num monte, pois que, tanto os romanos, como os godos, os árabes e todos os povos da Idade Média, construíam as suas fortalezas em lugares elevados, mesmo que tivessem burgos ou arrabaldes próximos. Os castelos alcandorados garantiam melhor o acolhimento e a defesa das populações em situações de cerco por tropas inimigas.
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