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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Vila antiga e praça de armas da província do Alentejo, Campo Maior demora[1] três léguas ao norte de Elvas, três ao oeste de Badajoz, três ao sul de Albuquerque e quatro a leste de Arronches.
O terreno onde está assente a povoação é, alto ao Sul, baixo a Leste e Oeste, erguendo-se um pouco ao Norte. Sobranceiro a todos os lados da vila, na extremidade sul, eleva-se o castelo - forte, vistoso e imponente. Respectivamente às cercanias, a praça é baixa e dominada por muitos cerros a Leste, Norte e Oeste, na distância de mil a dois mil metros, o que constitui a sua defesa difícil e perigosa.
Pelo recenseamento geral verificou-se que a população tem quase seis mil almas, volume importante, aglomerado e comprimido num espaço comparativamente pequeno. Portanto, sendo certo que não é a mais extensa das vilas do Alentejo, é decerto a mais populosa, porque nenhuma tem tal número de habitantes dentro de muros.[2]
São edifícios notáveis, o castelo, os muros da praça, a Igreja Matriz, a de São João Baptista, o depósito de víveres e os paços municipais. Entre as construções particulares sobressaem a casa dos Carvajais, a de Albuquerque Barata, a de João de Mello e outras. Em geral, os prédios da vila, com excepções não raras, são pouco elegantes, e o aspecto da povoação, conquanto que as ruas sejam regulares, deixa muito a desejar aos que lhe procuram aumentos.
(Texto de João Dubraz, em obra publicada em 1869)
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[1] Demora = Está à distância de ...
2 A última frase deste período, não existia na 1ª edição da obra publicada em 1868.
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