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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Fonte: Bucho, Domingos – Fortificações de Campo Maior; História, arquitectura e restauro. Portalegre.2002
Em termos de estratégia militar, Campo Maior funcionou como um elemento de detenção e de vigilância face a qualquer tentativa de invasão pelo corredor Caia/ Xévora/ Guadiana.
Concebida a partir de 1641, a fortaleza de Campo Maior foi mandada construir por D. João IV que contratou para a sua execução vários engenheiros militares:
- Jeronymo Roseti, contratado em 1641, engenheiro e militar,
provavelmente italiano, mas vindo de França;
- Carlos Lassart, nomeado Engenheiro-Mor do reino em 1642,
trabalhou nos planos de fortificação;
- Pedro Girles Sainte-Paul, outro engenheiro francês que veio com
Lassart em 1641;
- João Pascácio Cosmander, jesuíta e matemático flamengo,
trabalhou a partir de 1643, nas fortificações de Elvas, Évora;
Estremoz, Olivença, Castelo de Vide e Campo Maior;
- Nicolau de Langres, engenheiro francês, contratado em 1644 para
servir nas fortificações do Alentejo, permaneceu ao serviço de
Portugal po 16 anos. Vindo depois a colocar-se ao serviço de
Espanha e vindo a morrer no ataque a Vila Viçosa em 1662;
- Pierre Sainte Colombe, engenheiro francês que trabalhou na defesa
do Alentejo a partir de 1648
Na Guerra da Restauração (1641-1668), o Alentejo foi o principal teatro de guerra.
As terras fortificadas na Frente do Guadiana foram: Elvas, Juromenha, Évora; Estremoz, Moura, Mourão, Olivença, Portalegre, Castelo de Vide, Marvão, Arronches, Ouguela, Campo Maior.
No Norte: Almeida e Valença receberam as maiores fortalezas só suplantadas pela de Elvas.
As fortificações com as suas "muralhas à Vauban" e com os seus baluartes, ligados por cortinas e dotados de canhoeiras e barbetas, passaram a ter uma planta estrelada, diminuindo o efeito dos tiros dos sitiantes e diversificando o número e a direcção da artilharia da fortaleza.
Campo Maior não sofreu qualquer assalto ou cerco nas Guerras da Restauração. Mas, no cerco de 1712 (Guerra da Sucessão de Espanha) verificaram-se várias fragilidades na defesa da praça:
- O estar rodeada de pontos altos que serviam (de “padrastos”) para colocar baterias de ataque à povoação: Cabeça Aguda, Cabeço das Queimadas, Alto dos Moinhos, Alto de Santa Vitória;
- O construído Forte de São João Baptista, fácil de tomar pelos sitiantes, tornava-se um ponto privilegiado para atacar a povoação, daí ter sido demolido entre 1797e 1801.
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