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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Hoje não fui escardar,
P’ra falar ao meu Joaquim;
Não quero que ele abale,
Sem se despedir de mim.
Não quero mais ir à escarda,
Não quero mais escardar;
Foi na escarda que ganhei,
Dinheiro p’ra me casar.[1]
A vida do almocreve,
É uma vida arriscada;
Ao subir duma ladeira,
Ao cerrar uma carrada.[2]
Eu fui lá ao São Mateus,
No ano em que choveu milho;
Encontrei o meu amor,
Fabricante de ladrilho.[3]
Não quero amor d’alvanéu,
Que trabalha lá no alto;
Pode cair e morrer,
Vive sempre em sobressalto.[4]
[1] Publicada em Cantos Populares Portugueses – Recolhidos da tradição oral por A. T. Pires, Elvas (1902-1910), p. 140.
[2] Publicada em A Sentinella da Fronteira, nº 425, Elvas, 18 de Abril de 1886.
Publicada também em Cancioneiro Popular, por Jaime Cortesão. Porto, 1914, pág. 84.
[3] Publicada em A Sentinella da Fronteira, nº 425, Elvas, 18 de Abril de 1886
[4] Idem, nº 361, Elvas, 23 Fevereiro de 1885.
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