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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
NA APANHA DA AZEITONA ( IV )
Azeitona miudinha,
Vai toda para o lagar;
Toda a moça que é baixinha,
É mais firme no amar.
Oliveiras, oliveiras,
Tudo aqui são olivais;
Por muito que tu me queiras,
Eu’inda te quero mais.
A azeitona é um segredo,
Com o caroço fechado;
Anda amor não tenhas medo,
Qu’estarei sempre a teu lado.
A azeitona é um segredo,
Com o caroço escondido;
Todos sabem quem eu amo,
Ninguém sabe o meu sentido.
A azeitona já está preta,
Já se pode apanhar;
Desde a hora em que te vi,
Não parei de t’adorar.
Apanhem a azeitona,
Que está caída no chão;
Ainda que miudinha,
Sempre se come com pão.[1]
Varejem, varejadores,
Apanhem, apanhadeiras;
Apanhem baguinhos d’ouro,
Que caem das oliveiras.[2]
[1] Publicada em Cantos Populares Portugueses – Recolhidos da tradição oral, por A.T.Pires. Elvas (1902-1910), p. 156
[2] Publicada em A Sentinella da Fronteira, nº 570, Elvas, 11 de Maio de 1890.
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