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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
"São os naturais desta vila robustos, de grandes forças e igual valor, são duros e contentam-se com pão e água. As famílias antigas desta vila são os Vaz, Vicente, Rego, Prioreço, e Galvão. Depois vieram de fora os Mexia, Videira, Pereira, Sequeira, Fouto, Carrascosa, e Carrasco.
Entre a gente do povo conservam-se algumas palavras castelhanas e outras compostas de ambas as línguas, daí que não sejam nem portuguesas, nem castelhanas. E o mesmo acontece quanto aos costumes.
As mulheres que sempre deitam mão aos que favorecem a sua liberdade, mesmo as nobres, quando lhes parece, andam vestidas ao uso de Castela.(…)
(...)No tempo de El-rei D. João I era alcaide do castelo Paio Roriz Marinho que teve voz por Castela e que depois foi morto por Martim Vasquez de Elvas. A Pio Roriz sucedeu Gil Vasquez de Barbuda de quem a Crónica de El-rei D. João I diz estas palavras: Partiu El-rei de Monção e veio a Lisboa, deixou aí a rainha para ir cercar Campo Maior, um bom lugar do seu reino entre Tejo e Odiana, que tinha voz pelo rei de Castela. E estava nela por alcaide Gil Vasquez de Barbuda, primo de do mestre Dom Martin Annes. Estando El-rei sobre esta vila, vieram de Badajoz os mestres de S. Tiago e de Calatrava com muita gente da Andaluzia para a socorrer. Houve muitas escaramuças. Porém, El-rei combateu a vila de tal sorte que a tomou pela força e, dezoito dias depois, tomou os castelo por pleitaria.
In, TEATRO DAS ANTIGUIDADES D’ELVAS,Com a história da mesma cidade e descrição das terras da sua comarca, pelo Cónego Aires Varela
NOTA: o Teatro Histórico das Antiguidades d’Elvas, obra que se considerava absolutamente perdida, foi escrito pelos anos de 1644 a 1655, ficando o trabalho interrompido por morte do seu autor que ocorreu aos 8 dias de Outubro daquele último ano. Nalguns capítulos, especificamente na última parte, do capítulo VII, refere-se o cónego Aires Varela às guerras que então havia na fronteira, por motivo da definitiva independência de Portugal.
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