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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Várias condições e factos ajudam a explicar a relativa lentidão da implantação do futebol a nível nacional. O país, até à década de 60, careceu de meios de transporte que permitissem a fácil deslocação das equipas. Os custos e o desconforto dessas deslocações desmobilizavam as vontades e impediam o alargamento das competições a vastas zonas do território nacional. Viajar pelo país era então uma aventura que exigia recursos, tempo e capacidade de resistência. Qualquer viagem de média distância demorava horas e, quase sempre, teria de ser feita em condições de muito pouco conforto. Os veículos eram ainda rudimentares e as estradas eram de má qualidade.
No Distrito de Portalegre, nos anos trinta, as vias de comunicação e os transportes tornavam muito difíceis os contactos e as deslocações.
Segundo A Voz Portalegrense, em 1932 o caminho de ferro ainda não tinha chegado a Portalegre.
No que respeita às estradas as suas condições eram tão limitadas que nos meses de inverno se tornavam intransitáveis. Campo Maior não tinha Acesso directo à capital de distrito. As estradas para Santa Eulália e para Degolados e Arronches , só podiam ser praticadas em poucos meses do ano.
Nos anos trinta do século passado, um combóio que saísse de Lisboa às 14 horas e 45 minutos, chegava a Elvas quase oito horas depois, por volta das 22 horas.
Os clubes eram muitos. Mas, a maioria deles, eram de muito pequena dimensão. As equipas circunscreviam-se aos onze jogadores que se equipavam para jogar. Muitas vezes, os mesmos acumulavam as funções de direcção e de gestão das coisas do clube. Os próprios jogadores compravam e cuidavam dos seus equipamentos.
A maioria desses clubes desapareceu quase sem deixar rasto. Os que sobreviveram tiveram sortes diversas. Enquanto uns chegaram aos escalões superiores ganhando projecção nacional, outros continuaram a militar nos escalões inferiores de expressão meramente local.
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