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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
O 1º de Maio é a festa universal do trabalho, determinada no CONGRESSO INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES, em Julho de 1889.
A partir de 1892, a festa operária do 1º de Maio já era celebrada em muitos países de todo o mundo, principalmente dos que estavam mais industrializados.
Em Portugal o 1º de Maio começou a celebrar-se logo em 1890. Até à Ditadura Militar e ao Estado Novo que se lhe seguiu, foi anualmente celebrado nas terras onde existiam núcleos de operariado sendo considerado dia de descanso para os operários. Apesar da má vontade e dos obstáculos levantados pelo governo e da perseguição das polícias, as celebrações mantiveram-se ao longo dos anos de ditadura em algumas cidades e vilas onde o núcleo operário tinha presença significativa.
O 1º de Maio de 1931 ficou assinalado por violentas manifestações e confrontos de rua, principalmente em Lisboa. Este ano de 1931 ficou marcado por grandes acontecimentos: Em Espanha, duas semanas antes, fora proclamada a república; estava em curso uma revolta na Madeira que só foi vencida recorrendo a avultados meios navais e policiais - o jornal O Século chegou a noticiar a queda do governo; Em Lisboa a GNR dispersou a manifestação a tiro tendo havido um morto e vários feridos; No Porto houve também grandes manifestações.
A partir de 1935 o Estado Novo procurou integrar as manifestações do 1º de Maio, no quadro do corporativismo, dando-lhe um carácter nacionalista através dos sindicatos nacionais, organizando, através da FNAT, a Festa do Trabalho, o cortejo com carros alegóricos e ranchos folclórico. Essa festa era, em cada ano, em sua terra, mas longe dos grandes centros operários como o Barreiro, Barcelos, Famalicão e Guimarães.
A partir de 1939 e até ao fim da Segunda Grande Guerra, os cortejos deixaram de se realizar. Em sua substituição a FNAT lançou a revista 1º de Maio com doutrina corporativa, nacionalista e organizava, na 1ª semana de Maio, festivais de ginástica e de actividades desportivas.
Depois da Segunda Grande Guerra (1939-1945), o governo passou a uma atitude de mera contenção e controlo ao recurso a meios de repressão cada vez mais duros e violentos tentando evitar a todo custo qualquer tentativa de celebração. Apesar disso, em muitas terras o feriado municipal coincidia com o dia do trabalhador como, por exemplo, no Crato e na Covilhã onde os trabalhadores continuavam a celebrar o 1º de Maio. Talvez devido a isso, o governo decretou o fim dos feriados municipais. Mas, nos grandes centros, principalmente em Lisboa e no Porto, houve sempre tentativas de manifestações que acabavam em violentos confrontos com as polícias.
1962 foi o ano de maiores manifestações do 1º de Maio durante o Estado Novo e foi o ano em que entraram em cena e em massa os estudantes – houve um morto e vários feridos.
Eem 1963 e 1964 voltou a haver vítimas mortais, feridos e muitas prisões; em 1970 e até ao 25 de Abril, apareceram as acções revolucionárias com bombas contra alvos estratégicos.
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