por Francisco Galego, em 25.10.09
Tornou-se corriqueiro dizer mal dos partidos: que são todos iguais; que o que querem é o “tacho”; que são todos uns oportunistas desonestos; que se estão nas tintas para a justiça e para o bem-estar das pessoas. Mas, tomando em consideração algumas situações que se passaram nas últimas eleições, parece que os cidadãos votantes são bem mais merecedores de censura quando votam e elegem determinados autarcas. Senão vejamos: em Oeiras, Isaltino Morais foi eleito, embora condenado pelos tribunais; algo de semelhante aconteceu com Valentim Loureiro, em Gondomar; o mesmo teria acontecido com Ferreira Torres, em Marco de Canaveses e com Fátima Felgueiras, embora desta vez os povos destas terras tenham sacudido o jugo e encontrado forças para se libertarem destas figuras que tão má fama têm dado às populações que os elegeram.
Contudo, estas quatro personagens, tinham sido repudiadas pelos partidos (PSD; CDS; PS) e continuaram a ser votadas pelos eleitores. Por incrível que pareça, há quem despreze pessoas notáveis e de comportamento exemplar, homens e mulheres que se dedicam de alma e coração à causa pública, para apoiarem gente que se distingue por acções e comportamentos mais do que censuráveis. A democracia tem, por vezes, destas contradições. O remédio é continuar a lutar e a esclarecer para que deixem de acontecer situações destas e haja correcções como as que se verificaram agora no Marco e em Felgueiras.