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POEMA (5)

por Francisco Galego, em 30.06.19

 

Decidi publicar alguns poemas retirados de obras de autores reconhecidos como notáveis poetas, porque não sei responder com clareza a perguntas como as que assim expresso:

Afinal qual é a essência da poesia?

Amontoar palavras e informações?

Revelar muitos e profundos conhecimentos?

 

Ora, a poesia,

mesmo um pequeno poema,

dizendo em poucas palavras,

poucas coisas, quase nada,

pode sugerir tanto, tanto,

que consegue produzir,

um imenso sentimento ...

 

Para exemplificar:

Gastão Cruz (1941)

ESPELHOS

O mar que em mim se espelha

e que em mim se degrada

somente se assemelha

à boca desdentada

 

Pelos usos inúteis

do amor e da fala

Ele reflecte fúteis

as imagens que exala

 

É o mar que me espelha

O líquido onde nada

à vida se assemelha

como uma fútil fala

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publicado às 00:04


POEMA (4)

por Francisco Galego, em 25.06.19

 

Decidi publicar alguns poemas retirados de obras de autores reconhecidos como notáveis poetas, porque não sei responder com clareza a perguntas como as que assim expresso:

Afinal qual é a essência da poesia?

Amontoar palavras e informações?

Revelar muitos e profundos conhecimentos?

 

Ora, a poesia,

mesmo um pequeno poema,

dizendo em poucas palavras,

poucas coisas, quase nada,

pode sugerir tanto, tanto,

que consegue produzir,

um imenso sentimento ...

 

Para exemplificar:

 

Almeida Garrett (1799-1854)

VOZ E AROMA

A brisa vaga no prado,

Perfume nem voz não tem;

Quem canta é o ramo agitado,

O aroma é da flor que vem.

 

A mim, tornem-me essas flores

Que uma a uma eu vi murchar,

Restituam-me os verdores

Aos ramos que eu vi secar...

 

E em torrentes de harmonia

Minha alma se exalará,

Essa alma que muda e fria

Nem sabe se existe já.

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publicado às 00:04


POEMA (3)

por Francisco Galego, em 20.06.19

 

Decidi publicar alguns poemas retirados de obras de autores reconhecidos como notáveis poetas, porque não sei responder com clareza a perguntas como as que assim expresso:

Afinal qual é a essência da poesia?

Amontoar palavras e informações?

Revelar muitos e profundos conhecimentos?

 

Ora, a poesia,

mesmo um pequeno poema,

dizendo em poucas palavras,

poucas coisas, quase nada,

pode sugerir tanto, tanto,

que consegue produzir,

um imenso sentimento ...

 

Para exemplificar:

Vitorino Nemésio (1901-1978)

 

O FUTURO PERFEITO

A neta explora-me os dentes,

Penteia-me como quem carda.

Terra da sua experiência,

Meu rosto diverte-a, parda

Imagem dada à inocência.

 

Finjo que lhe como os dedos,

Fura-me os olhos cansados,

Íntima aos meus próprios medos

Deixa-mos sossegados.

 

E tira, tira puxando

Coisas de mim, divertida.

Assim me vai transformando

Em tempos de sua vida.

 

 

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POEMAS (2)

por Francisco Galego, em 15.06.19

 

Decidi publicar alguns poemas retirados de obras de autores reconhecidos como notáveis poetas, porque não sei responder com clareza a perguntas como as que assim expresso:

Afinal qual é a essência da poesia?

Amontoar palavras e informações?

Revelar muitos e profundos conhecimentos?

 

Ora, a poesia,

mesmo um pequeno poema,

dizendo em poucas palavras,

poucas coisas, quase nada,

pode sugerir tanto, tanto,

que consegue produzir,

um imenso sentimento ...

 

Para exemplificar:

 

António Feijó (1859-1917)

 

ANACREÓNTICA

 

Teu rosto é como

Um róseo pomo

Que eu só desejo

Morder num beijo.

 

Último pomo

De amor que eu domo

Enquanto almejo

O grato ensejo...

 

O afecto que

Me enchera de

Paixão fatal

Vê com ardor

Teu belo

Corpo escultural!

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publicado às 00:05


POEMAS (1)

por Francisco Galego, em 10.06.19

Decidi publicar alguns poemas retirados de obras de autores reconhecidos como notáveis poetas, porque não sei responder com clareza a perguntas como as que assim expresso:

Afinal qual é a essência da poesia?

Amontoar palavras e informações?

Revelar muitos e profundos conhecimentos?

 

Ora, a poesia,

mesmo um pequeno poema,

dizendo em poucas palavras,

poucas coisas, quase nada,

pode sugerir tanto, tanto,

que consegue produzir,

um imenso sentimento ...

 

Para exemplificar:

 

MOTIVO

Cecília Meireles (1901-1964)

 

Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta

 

Irmão das coisas fugidias,

Não sinto orgulho nem tormento.

Atravesso noites e dias,

no vento.

 

Se desmorono ou se edifico,

Se permaneço ou me desfaço,

- não sei, não sei. Não sei se fico

Ou passo.

 

Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

- mais nada.

 

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publicado às 00:04


POEMAS (0)

por Francisco Galego, em 01.06.19

Decidi publicar alguns poemas retirados de obras de autores reconhecidos como notáveis poetas, porque não sei responder com clareza a perguntas como as que assim expresso:

Afinal qual é a essência da poesia?

Amontoar palavras e informações?

Revelar muitos e profundos conhecimentos?

 

Ora, a poesia,

mesmo um pequeno poema,

dizendo em poucas palavras,

poucas coisas, quase nada,

pode sugerir tanto, tanto,

que consegue produzir,

um imenso sentimento ...

 

Para exemplificar:

BUCÓLICAS

Miguel Torga (1907-1995)

 

A vida é feita de nadas:

De grandes serras paradas
À espera de movimento;

De searas onduladas

Pelo vento;

 

De casas de moradia

Caídas e com sinais

De ninhos que outrora havia

Nos beirais;

 

De poeira;

De sombra duma figueira;

De ver esta maravilha:

Meu pai a erguer uma videira

Como uma mãe que faz a trança à filha. 

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publicado às 15:50


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