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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Passou a época mais significante da nossa civilização, dita ocidental e cristã. Contudo, os rituais próprios do Natal e do Ano Novo, não nos devem deixar distraídos dos males que afligem este nosso conturbado mundo, pois que, implacavelmente, todos esses males continuam a atormentar, principalmente, os mais desfavorecidos.
Em certos aspectos, nós homens do século XXI, integrados numa cultura de base cristã, mostramos uma tremenda desumanidade, pois que, apesar dos enormes progressos científicos e tecnológicos, pouco ou quase nada temos evoluído ao nivel das relações humanas. Continuam por resolver flagelos terríveis e questões que, em nome da fraternidade, da solidariedade e da interculturalidade, já deviam ter sido resolvidos há muito tempo. Em muitos aspectos, somos confrontados com situações de extrema barbárie. Os povos em cujos territórios estão continuamente abertos os conflitos, dão disso dramáticos testemunhos:
- No Próximo Oriente, mantém-se acesa a fogueira de ódios ancestrais, pois que, de um e outro lado, o radicalismo extremado dos fundamentalistas, comanda os acontecimentos sem dar tréguas e sem atender à vontade moderadora dos que anseiam pelo entendimento que consolide uma verdadeira paz;
- Na África, há chagas dolorosamente abertas na nossa consciência;
- Um pouco por todo o lado, há gente a sofrer os efeitos dos loucos desvarios que se mascaram de crenças religiosas e invocam razões culturais, escondendo as verdadeiras causas que motivam todas as desgraças.
- Onde a guerra não campeia, lavra a instabilidade anunciada pelas várias crises que, num exponencial crescimento, se vão desenvolvendo: a crise financeira primeiro, depois a económica e as, há muito anunciadas, devido ao uso imoderado dos recursos energéticos e dos desequilíbrios ambientais que daí resultam...
Entretanto, sobretudo entre os que, por atitude preferem considerar-se alheios a tudo isto, cresce desde há muito a pior de todas as crises porque é a que provoca efeitos mais duradoiros e mais difíceis de debelar: a crise de valores que determina a ausência da dimensão moral nos comportamentos políticos e das suas consequências sociais.
Com tudo isto e apesar de tudo isto, insisto em manter um resto de esperança, enviando a todos votos do melhor ano, com a paz, a tranquilidade e o bem-estar, que nos for possível.
O meu agnosticismo, não me impede de ter uma simpatia inevitável - porque expontânea -, de comunhão de valores e de identificação com os princípios, com as acções e com as tomadas de posição desse Homem, tão exemplar: o Papa Francisco. Mais uma vez teve a minha total adesão a denúncia que fez da hipocrisia de muitas das acções que rodeiam a celebração do Natal.
É que o Natal, além do seu profundo significado religioso, constitui para nós um marco civilizacional. A civilização em que nos integramos designa-se como europeia pelas suas origens e cristã pelo modelo de humanismo que reveste, base essencial da nossa maneira de concebermos a vida em sociedade. O nascimento de Cristo é o ponto de referência a partir do qual fazemos a datação histórica do tempo .
Agora que me vejo confrontado com certas representações natalícias designadas como presépios, sou obrigado a, mais uma vez, estar em total acordo com o papa. Há representações do nascimento de Cristo que ignoram por completo o simbolismo e a grande mensagem de humildade, de chamamento da nossa atenção para os mais carenciados, os mais perseguidos, os mais injustiçados.
Retratando a precaridade e pobreza em que nasceu Cristo, o Natal tenta incitar-nos ao sentimento solidário que nos obrigue a considerar as desigualdades, as injustiças e as violências responsáveis pelo tormento em que, ainda hoje, como nesse tempo, vivem os mais desfavorecidos. Aquela pequena famíla – um casal com o filho em eminência de nascer – eram migrantes procurando refúgio para salvarem as suas vidas, em fuga à louca perseguição de um tirano. A terra onde a sua vida decorre, ficava na já então mártir região do Médio Oriente, onde, nos dias de hoje, o sofrimento está a atingir níveis dificeis de entender e impossíveis de aceitar.
Desamparados, José e Maria, abrigaram-se num modesto estábulo onde nasceu uma criança anunciada como o filho de Deus, incarnando para trazer uma mensagem de salvação aos homens. A escolha das circunstâncias e do cenário é toda intencionalmente simbólica: a perseguição, a fuga em busca de paz e de salvação, a solidão do estábulo, a pobreza dos recursos. (1)
E como celebramos nós este acto sacrificial e salvador?
Com presépios cenarizados como se Jesus tivesse nascido na paz, no conforto, no bem-estar e na abundância?
Que representam esses opulentos cenários que tenha a ver com o nascimento do Messias?
Na verdade, essas representações, negam todo o simbolismo da mensagem implícita nas condições do nascimento de Cristo, porque foram apenas concebidos para exibir o poder, a riqueza, a vaidade e a ambição de quem os concebe, constroi, ou manda construir. Assim, o que devia ser evocação e fonte de inspiração, transforma-se apenas num exibicionismo e numa ostentação.
E este desvario verifica-se na grande maioria dos actos de celebração natalícia.
É por isso que, eu, agnóstico, nestes dramáticos tempos que estamos a viver, acolho como justa a acusão de hipocrisia lançada pelo representante máximo de uma das mais importantes crenças religiosas: o Catolicismo.
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(1) Num cântico dos monges beneditinos, celebra-se esta "puer natus est nobis" (esta criança nascida para nós), ou seja, nascida para salvar os homens das trágicas tendências da sua condição humana.
FAÇAMOS AQUI UMA PAUSA,
DESEJANDO
ÀQUELES QUE VISITAM ESTES
QUE PASSEM ESTA SIGNIFICATIVA ÉPOCA
- NATAL E ANO NOVO -
NA INTIMIDADE,
NA PAZ,
NA CONCÓRDIA,
NA TRANQUILIDADE,
E NA COMUNIDADE DE AFECTOS
QUE DEVEM EXISTIR
EM TODAS AS FAMÍLIAS
FELIZ NATAL
BOM ANO NOVO
Bom!... Eu tenho que aceitar que, estando convencionado que o Inverno começa no solstício e que este, segundo o calendário, corresponde ao dia 21 de Dezembro, ou seja, ao dia de ontem, ontem, 21 de Dezembro, foi o primeiro dia de Inverno. Porém, sendo que, orgânicamente, o Inverno aparece associado a dias e noites de muito frio, confesso que me sinto em condição de tempo invernal, desde há algumas semanas. De facto, entre as convenções que definem o calendário e as vivências que formam a nossa percepção do tempo, há por vezes acentuadas diferenças. Assim, o Inverno que agora oficilamente se declara, não coincide com o inverno tal como eu o estou sentindo. Logo, uma coisa é o tempo ditado pelo calendário; outra coisa é a percepção que eu tenho desse tempo.
Na primitiva divisão das terras pertencentes ao municipio, havia restrições quanto á forma da sua utilização, uma vez que a Câmara reservava para si o direito de pastagens. Só mais tarde, após a implantação da Républica em 1910, foi concedido o uso pleno das fracções que tinham sido atribuidas aos chefes das famílias, moradores do concelho. Só então puderam ser plantadas de olival intercalado com vinhas, adquirindo a feição que algumas delas conservaram até aos nossos dias.
No livro do tombo das propriedades municipais mandado lavrar pelo Juíz de Fora da Vila em cumprimento da Provisão Régia de 20 de Julho de 1731, encontra-se a descrição dos “Coutos de Campo Maior”, na qual se descrevem as demarcações e limites desses coutos, confirmados por sentença do mesmo Juíz de Fora, datada de 5 de Janeiro de 1732. Aí se refere que essas terras estavam na posse do município há mais de dois séculos.
Contudo, quando da divisão em pequenas parcelas ou “sortes” do baldio designado como “Defeza de S. Pedro”, no ano de 1835, estabeleceu-se que, passando o seu domínio útil para posse dos munícipes, a Câmara conservava o seu domínio directo, impondo que os pastos e agostadoros (1) dessas sortes ficassem pertencendo ao concelho que disporia deles como seus e que nenhum dos enfiteutas a quem tinham sido atribuidas por sorteio, pudesse nelas plantar vinhas, nem qualquer tipo de arvoredo, sob pena de terem de ser arrancadas à sua custa.
Os terrenos que eram denominados como os “Moios das Mercês”, os quais faziam parte do baldio municipal denominado como “Godinha de Cima” (2), estavam reservados para servirem de logradouro comum, onde os moradores do concelho podiam colocar os seus animais. Daí serem conhecidos como a “Vacada do Povo”. Estes terrenos foram distribuidos em “sortes” de cinco alqueires, em 1871. As pastagens passaram a serem vendidas pela Câmara, à semelhança do que acontecia com a “Defeza de S. Pedro”.
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Nota: Estes termos designam terrenos possuídos e geridos por uma comunidade local, ou pela administração de um concelho; geralmente terras incultas que serviam para pastos comuns e de logrador ao dispor da população local.
Segundo Albert Silbert, uma notícia de 1758 faz referências pormenorizadas ao estatuto e utilização destas terras comunais.
Os “Baldios” e “Refertas” de Ouguela
Ouguela, até 1836, no tempo era ainda um concelho gozando de plena autonomia administrativa, tinha também os seus terrenos comunais ou baldios.
Um deles – a Referta – era designada como contenda porque, ultrapassando o seu território para o lado de lá da fronteira com a Espanha, tinha o seu uso de ser partilhado pelas populações de Ouguela e de Albuquerque.
Além desta havia ainda o baldio da Travessa e o baldio de Nossa Senhora da Enxara. Estes foram, das terras comunais, as que mais cedo foram cedidas ao uso privado: Do baldio da Travessa foi concessionada uma parcela de um quarto légua, em 1821; quanto ao baldio de Nossa Senhora da Enxara, a Câmara propôs, em1825, a sua divisão em pequenos lotes a atribuir em carácter de enfiteuse aos moradores, desde que o rendimento da sua concessão não fosse inferior ao que a Câmara auferia com a venda das pastagens. Mais tarde, quando decidiu torna-se proprietário nesta região, o Barão de Barcelinhos, depois titulado como Visconde de Ouguela, adquiriu muitas destas pequenas propriedades constituindo com elas uma herdade.
Hoje nada mais resta das antigas defesas, baldios ou terras comunais que outrora existiram no território do concelho de Campo Maior.
Nota:
Segundo Albert Silbert, que numa notícia de 1758 faz referências pormenorizadas ao estatuto e utilização destas terras comunais, estes termos designam terrenos possuídos e geridos por uma comunidade local, ou pela administração de um concelho; geralmente terras incultas que serviam para pastos comuns e de logrador ao dispor da população local.
AS SORTES DA GODINHA
A DEMOCRACIA, Nº 159, Elvas, 12 de Janeiro de 1871
“A Ex.ma câmara municipal está já procedendo à demarcação e numeração das sortes da Godinha; fez uma distribuição o mais lata possível, de modo que, não só todos os chefes de família serão contemplados com uma sorte de uns 5 alqueires de terra, senão também todos os órfãos de pai e mãe, estejam ou não estabelecidos e vivam ou não em comum ou separados. É imerecida a censura que alguns fazem à câmara por a forma ou o sistema de terra que mais viria a pertencer a cada chefe de família. Contraste-se isto com o honroso procedimento da câmara, cujos membros não quiseram ser contemplados na distribuição das sortes. Louvor à sua abnegação.”
Campo Maior, Janeiro 7. O correspondente: Manuel Rosado Pimpão Junior
Nota: Essas parcelas de terra foram atribuidas a quase todos os chefes de família residentes no concelho e com a sua situação de vizinhos regularizada. Na maior parte delas foi feito o plantio do olival e da vinha, Devido á maneira como foram sorteadas, designaram-se como "as sortes da Godinha".
Nota: Segundo Albert Silbert, uma notícia de 1758 que faz referências pormenorizadas ao estatuto e utilização destas terras comunais, estes termos designam terrenos possuídos e geridos por uma comunidade local, ou pela administração de um concelho; ou eram terras incultas que serviam para pastos comuns e de logrador ao dispor da população local.
Defesas – Godinha de Baixo e Godinha de Cima
Estas duas defesas – Godinha de Baixo e Godinha de Cima – ficavam no sudeste do concelho, numa região descoberta. Apesar da semelhança da designação, nada tinham em comum com as referidas ao concelho de Elvas. E, apesar da semelhança dos nomes, eram usadas de forma muito diferente.
A defesa da Godinha de Baixo era alugada por três anos como qualquer herdade e o seu locatário conservava para si as suas pastagens. Esta herdade foi cedida, no século XIX, a título definitivo ao seu arrendatário que passou a ter sobre ela pleno direito de propriedade.
A defesa da Godinha de Cima que, segundo o testemunho do corregedor de Elvas, em 1812, tinha cerca de mil hectares de superfície, deu origem a prolongados conflitos na segunda metade do século XVIII.
Até 1775 tinha estado reservada aos bovinos não utilizados no trabalho (geralmente os animais mais jovens e até ao limite de dez cabeças por pessoa). Nela se acolhiam também os cavalos. Só excepcionalmente era cultivada como, por exemplo, no ano de 1705, com o pretexto que de que o número de animais tinha sido muito reduzido por causa da guerra. Como foi dito na provisão de 20 de Junho que tomou essa decisão, “assim se tinha procedido nas guerras passadas e assim se fazia enquanto esta durasse”. Recomeçaria a ser utilizada para o gado em 1748-49, para combater uma praga de gafanhotos.
A partir de 1776 o estatuto da defesa da Godinha de Cima foi muito modificado. Era vendido o direito aos pastos, ou seja, o direito de nela colocar bovinos em pastagem. Quatro anos depois, o beneficiário solicitou que lhe fosse concedido o direito de semear doze moios de terra o que lhe foi concedido pela Câmara para um período de três anos, o qual foi alargado para mais seis anos em 1782. A população mantinha apenas o direito de aí poder alimentar os bois e os cavalos não utilizados no trabalho dos campos.
Quanto aos baldios da Godinha, a notícia que se transcreve refere claramente como e quando essas terras comunais foram transformadas em pequenas parcelas de apropriação privada:
A DEMOCRACIA, Nº 159, Elvas, 12 de Janeiro de 1871
“A Ex.ma câmara municipal está já procedendo à demarcação e numeração das sortes da Godinha; fez uma distribuição o mais lata possível, de modo que, não só todos os chefes de família serão contemplados com uma sorte de uns 5 alqueires de terra e também todos os órfãos de pai e mãe, estejam ou não estabelecidos e vivam ou não em comum ou separados. É imerecida a censura que alguns fazem à câmara por a forma ou o sistema de terra que mais viria a pertencer a cada chefe de família. Contraste-se isto com o honroso procedimento da câmara, cujos membros não quiseram ser contemplados na distribuição das sortes. Louvor à sua abnegação.”
Campo Maior, Janeiro 7. O correspondente: Manuel Rosado Pimpão Junior
Segundo Albert Silbert, uma notícia de 1758 faz referências pormenorizadas ao estatuto e utilização destas terras comunais.que se designam como defesas, os terrenos possuídos e geridos por uma comunidade local, ou pela administração de um concelho; geralmente terras incultas que serviam para cultivar cerais, para pastos comuns e de logradores postos ao dispor da população local.
A defesa de São de São Pedro
A defesa de São de São Pedro, a sudoeste da povoação, numa área arborizada e ligeiramente ondulada, era todos os anos dividida em sortes, ou seja, em partes de um moio de semente, cerca de uma dezena de hectares, as quais eram leiloadas e cedidas pela melhor oferta e nelas se praticava um afolhamento trienal, como nas restantes herdades da região. Este afolhamento não era rigorosamente respeitado, pois uma parte da terra em repouso era utilizada com outras culturas.
Como se vê, o cultivo destas sortes da defesa de São Pedro era feito em regime de exploração privada pelos que tinham conseguido, em leilão, arrematar o direito ao seu uso pelo período que decorria entre uma sementeira e a sua colheita. Era uma prática que nada tinha de trabalho colectivista..
Depois das ceifas a Câmara vendia os restolhos pela melhor oferta. Mas, mesmo no tempo dos restolhos, uma parte da defesa de São Pedro, estava à disposição dos animais dos habitantes da vila.
Era numa parte integrante da Defesa de São Pedro – o Rossio – que a população podia realizar anualmente as suas eiras onde, após as ceifas, se procedia à debulha dos cereais. A notícia que a seguir se transcreve mostra a importância que a Defesa de São Pedro tinha para a população de Campo Maior, a qual se vai manter até ao século XX:
A VOZ DO ALEMTEJO, Nº 258, Elvas, Sábado, 25 de Julho de 1863
Campo Maior (correspondência particular)
“No dia 21 do corrente pelas 3 horas da tarde manifestou-se o fogo nas eiras públicas do Rossio de S. Pedro desta vila … naquele local havia próximo de 3 mil a 4 mil moios de trigo … sendo o Sr. administrador do concelho o primeiro que se apresentou no sítio do fogo à testa do qual se conservou…para evitar que o fogo se comunicasse aos mais celeiros contíguos, que não seriam menos de 800.
Não sendo menos dignos de iguais encómios e felicitações os mui nobres proprietários que correram de pronto ao lugar do incêndio… e ainda mais se deve ao geral da povoação que, ouvindo tocar o sino da câmara, abandonaram as suas casas, correndo da melhor vontade, de moto próprio, a acudir a um tão inesperado incidente…tornando-se muito distintos por esta ocasião os serviços prestados pelos senhores: subdirector da alfândega José das Dores; os artistas José António de Bastos, José Mendes da Mota, e Dâmaso de Albuquerque; os trabalhadores Manuel dos Santos Valadim, José Duarte, Manuel das Chagas e outros muitos cujos nomes ignoramos…
Campo Maior 22 de Julho de 1863”
Nota: O mesmo jornal abriu subscrição pública para ajuda aos que tinham sofrido significativas perdas com o incêndio e foi publicando as listas desses contributos recebidos, que foram bastantes e, alguns, bastante avultados.
A nossa civilização caracteriza-se por ser pródiga em formidáveis declarações de princípios, mas muito avara e mesmo miserável, no cumprimento dos compromissos assumidos.
- Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
- Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espirito de fraternidade.
[ Artº 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada pela ONU, na resolução de 10 de Dezembro de 1948 ]
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