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DOS DIAS MUNDIAIS DE...

por Francisco Galego, em 31.01.16

Ontem, sábado, o dia começou luminoso, sem vento e, a meio da manhã, o termómetro já marcava 15 graus. Só agora verifiquei que “O almanaque” assinalava o passado dia 23, anterior sábado, como o Dia Mundial da Liberdade.

Liberdade: Um dos três principios - Liberté, Égalité, Fraternité - que, com a Revolução Francesa de 1789, ganharam o estatuto de bases estruturantes das sociedades e das nações organizadas em estados. E, apesar do muito que, em certas áreas, já se andou, tanto falta ainda andar em tantas outras...

Estes três princípios, já há tanto tempo inscritos nas leis fundamentais de tantas nações, quando estarão também presentes nas consciências e nos comportamentos de todas as mulheres e de todos os homens?

O mesmo “almanaque” assinalava o dia de ontem como sendo o Dia Escolar da Paz e da Não Violência. Pelo menos, no que respeita aos sábados, predominam as boas intenções e os grandes princípios. Atendendo às circunstâncias factuais dos tempos que decorrem, salvem-se ao menos as boas intenções.

 

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publicado às 00:01


UM VIRAR DE PÁGINA EM CAMPO MAIOR?

por Francisco Galego, em 29.01.16

Vai  começar o  realojamento da comunidade cigana de Campo Maior, desde há muitas décadas instalada em condições degradantes no antigo baluarte de S. Sebastião, também designado como do Mártir Santo.

Com a construção do Bairro de S. Sebastião num terreno próximo, vão ser realojadas, nas 53 habitações construidas, cerca de 220 pessoas.

Com este realojamento estão criadas as bases essenciais para dotar estas famílias de condições aceitáveis de habitabilidade. Contudo, terá de haver um continuado apoio, quer a nível do relacionamento social, quer da utilização dos equipamentos. Convém que essas regras estejam bem definidas, em termos de direitos e de deveres, para evitar a rápida degradação do espaço e das condições de vida dos que o vão habitar.

Mas, com esta reinstalação, estão também criadas as condições para a reabilitação de um precioso elemento de arquitectura militar da antiga praça de guerra que foi Campo Maior entre meados do Séc. XVII e meados do Séc. XIX.

Integravam a fortaleza de Campo Maior os seguintes baluartes que passo a nomear, no sentido dos ponteiros do relógio e partindo da Porta de Santa Maria, geralmente designada como Porta da Vila: Baluarte de Lisboa; Baluarte do Curral dos Coelhos; Baluarte de Santa Cruz; Baluarte de S. João (ou a Cavaleiro), Baluarte do Príncipe, Baluarte do Concelho, Baluarte de S. Francisco; Baluarte de Santa Rosa; Baluarte da Bela Vista; Baluarte de S. Sebastião (ou do Mártir Santo).

A Porta de S. Pedro, virada a norte, era defendida pelo baluarte dito do Cavaleiro e pelo baluarte dito do Príncipe. Foi demolida em 1908, bem como a muralha que a ligava ao baluarte do Príncipe, quando se fez abertura de que resultou o espaço hoje ocupado pelo Jardim Municipal e pela Avenida da Liberdade.

A Porta de Santa Maria, virada a sul, era protegida pelos baluartes de Lisboa e do Mártir Santo. No meio deste estava a capela que, muito arruinada, ainda hoje existe. Essa capela desempenhava a função de capela militar da guarnição da praça.

No início do Séc. XX, o Ministério da Guerra vendeu parte dos espaços da antiga fortaleza. Hoje estão na posse do município apenas os baluartes do Mártir Santo, de Lisboa e do Curral dos Coelhos. Daí o interesse da sua preservação, uma vez que os outros, que pertencem a privados, alguns deles sofreram grandes modificações.

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publicado às 16:09


QUE EDUCAÇÃO?

por Francisco Galego, em 28.01.16

Subjacente às filosofias e às opções que determinam as práticas educativas, está quase sempre a concepção que se tem sobre o actual conceito de cultura ao qual estão intimamente ligadas as opções sobre o que deve ser a formação das novas gerações.

Segundo Kant (1724-1804), a razão humana consiste na capacidade que tem de levantar permanentemente problemas, mesmo aqules que não sabemos resolver.

Frases de Eduardo Lourenço, em apresentação comentada da obra, Cultura - Tudo o que é preciso saber, de Dietrich Schwanitz:

“A cultura não é a resposta, é a questão”.

“A cultura é o diálogo da humanidade consigo própria”.

“Não há um paradigma. Não há cultura, mas culturas”.

 

A cultura será, portanto, a maneira como, cada civilização, cada povo, cada época,  se questionam a si próprias sobre: O que são? Para onde caminham? Que caminhos devem seguir?

Porque, nem as perguntas, nem as respostas são as mesmas, pois variam com o tempo, com as circunstâncias e com as situações.

Dietrich Schwanitz definiu a cultura como “a compreensão da nossa civilização” e como “um conhecimento que sabe avaliar-se a si mesmo”. Por isso, não se trata de saber coisas, mas de dar sentido às coisas.

Onde não houver pensamento não há cultura; há apenas coisas. Neste sentido podemos designar como contracultura, o que existe para nos distrair da verdadeira cultura.

Numa situação de contracultura, o tempo como que pára, instalando-se um presente contínuo, sem passado e sem futuro. Ou seja, deixa de haver memória de si mesmo e não existe projecto de construção do nosso próprio futuro.

Jean Jacques Rousseau colocou a cultura no centro da formação humana. A cultura é um conhecimento que se assimila, que se desenvolve e que se transmite. Por isso, a cultura pressupõe a capacidade de compreender e alargar a capacidade de agir.

Acontece que, em contradição com isto, a escola, cedendo às tendências mais conservadoras da sociedade, em vez de cuidar das novas gerações dotando-as duma capacidade expansiva de aprender, tornando-as  learners (dotados da capacidade de aprender), procura que acumulem grande quantidade de saberes, para que se tornem  knowers (acumuladores de saberes).

O sujeito conhecedor acumula enciclopédicos conhecimentos que pode exibir. O sujeito dotado da capacidade de aprender elabora, organiza e desenvolve os seus conhecimentos, em função da suas necessidades de conhecer para melhor agir. 
 
Noutros tempos em que era lenta a descoberta e difícil a aquisição de conhecimentos, era importante a sua acumulação. Hoje o conhecimento,  está em permanente desenvolvimento e é  continuamente acumulado de formas muito variadas e de fácil acessibilidade.
Daí a necessidade de adoptar uma atitude cultural mais dinâmica e adequada ao rápido e continuo desenvolvimento do saber.
 
O sujeito cultural deve ser um sujeito com memória de si mesmo e que, sendo capaz de elaborar o projecto daquilo que pretende tornar-se, pode planear o seu próprio futuro.

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publicado às 00:04


A MENTIRA DO RANKING

por Francisco Galego, em 25.01.16

(...) Convém explicar aos menos esclarecidos que os célebres rankings são apenas uma seriação das classificações obtidas pelos alunos nos exames nacionais. Se já é discutível que se avalie o mérito de um estudante apenas pela nota do exame final, é fácil compreender que esse dado não poderá servir para classificar uma escola em “melhor” ou “pior”. Por uma razão simples: os dados publicados não entram em linha de conta com as diversas características dos alunos que realizam essas avaliações finais, nem consideram um dado decisivo e que não deveria ser escondido de modo sistemático — as escolas privadas seleccionam os alunos, logo quem chega lá ao final do ano está em melhores condições para obter bons resultados.

Os pais fazem muitos sacrifícios para manterem os alunos no privado, com a crença de que terá melhor ensino. O que se sabe, de modo seguro, é que obterão em princípio melhores notas, mas é duvidoso que fiquem mais aptos para enfrentar os problemas da vida. Como psiquiatra que trabalha há 40 anos com adolescentes, pais e professores, sou testemunha de um facto indesmentível: Quando é detectado um problema de comportamento grave ou uma perturbação mental significativa, a escola privada aconselha a mudança de estabelecimento de ensino. Os argumentos são corteses, mas só correspondem, de facto, à necessidade imperiosa de se ver livre de um estudante “problemático”, que poderá contribuir para a baixa da média no ranking final. Assim, muitos estudantes são encaminhados para o ensino público, que tem de acolher todos, em vez de a escola privada garantir apoios significativos a alunos com dificuldades de aprendizagem ou perturbações psiquiátricas.

Por outro lado, é hoje um facto incontestado que a origem social e cultural dos estudantes condiciona o seu percurso escolar. Assim, os alunos que à partida não podem frequentar um colégio privado por falta de dinheiro terão de ir para o ensino público, logo as populações pretensamente estudadas pelas classificações das escolas não são comparáveis.

Outro aspecto menos positivo das classificações tem que ver com a pressão exercida sobre os “maus” alunos. Com a obsessão dos rankings, os estudantes mais frágeis são submetidos a enorme desgaste por críticas tantas vezes injustas, sem que a escola se preocupe em perceber o alcance, para esse jovem, de uma discriminação tão acentuada sobre o seu desempenho académico.

Analisemos as escolas, claro, mas com mais verdade.

 

Por Daniel Sampaio, publicado no jornal “Público” de 20 de Dezembro de 2015.

 

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publicado às 11:33


EM DIA DE ELEIÇÃO...

por Francisco Galego, em 24.01.16

Pronto! Fomos votar. Dever cumprido, regressamos ao estado de quase hiberantes a que o Inverno nos condena.

Na noite de ontem, uma esplendorosa Lua Cheia, iluminava o céu. São muito brilhantes estes luares de Janeiro. Em dito popular Luar de Janeiro não tem parceiro.

O “almanaque” informa que é dia consagrado a S. Francisco de Sales. Nasceu em 1567, de família nobre, na Itália, em plena crise suscitada pela Reforma prostestante. Formado pelos jesuítas, tornou-se sacerdote. Foi ordenado bispo de Genebra, então sob o domínio dos calvinistas. As suas obras Introdução á Vida Devota, e Tratado do Amor de Deus, bem como os seus escritos volantes, deram tão grande impacto à sua acção de activo militante do apostolado da fé católica, que isso lhe valeu o título de Padroeiro de Escritores e Jornalistas Católicos. A criação de uma linguagem para surdos valeu-lhe também o título de padroeiro dos que sofrem dessa deficiência.

Faleceu em 1622 e foi beatificado nesse mesmo ano. Foi canonizado, em 1655, pelo papa Alexandre VII.

O nome de Sâo Francisco de Sales viria a ficar também muito ligado à educação dos mais jovens. Em 1859, São João Bosco criou uma congregação aprovada, em 1859, pelo Papa Pio IX, sob a designação de Societas Sancti Francisci Salesii (a Pia Sociedade de São Francisco de Sales), tendo como principais destinatários, os jovens das famílias mais necessitadas e os que se encontram em situação de risco. Esta congregação é geralmente designada como os salesianos.

Tendo frequentado o Liceu Nacional de Évora, cidade em que os salesianos estão presentes desde os últimos anos da década de 20 do século passado, convivi com alguns dos seus educandos.

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publicado às 12:04


DE CERTAS POLITICAS ...

por Francisco Galego, em 22.01.16

Sou dos que pensam que a actividade política, além de ser absolutamente indispensável para a organização e a regulação das sociedades é, quando entendida como verdadeiro serviço público, uma das mais nobres actividades a que homens e mulheres se podem dedicar. Contudo, nunca foi essa a minha vocação, mais virada para a educação, um outro campo do serviço social.

Não tenho a convicção que considero injusta e pouco fundamentada de que todos os políticos são iguais e agem segundo os mesmos interesses, geralmente virados para a sua ambição de poder. Contudo, sou obrigado a reconhecer que, observando com espirito verdadeiramente analítico, muitos dos que fazem da política a sua forma de vida, continuam a parlar numa linguagem em que misturam certo “economês”, com certo “politiquês”, mantendo-se completamente alheados da realidade em que se movem. Confrontam-se, debatem-se, acusam-se e contradizem-se, num plano meramente ideológico em defesa das suas opiniões e opções, como se não estivesse em curso este colapso global das classes médias, este catastrófico avolumar da pobreza, provocados pela crise desencadeada pela ânsia desenfreada de apropriação e de enriquecento que levou muitos ao endividamento, sem consciência dos riscos, que implicou o rebentamento da insustentável bolha de créditos que desencadeou um das maiores crises económicas de todos os tempos, provocando que as maiores economias começassem a desmoronar-se como castelos de cartas.

No meio dum mar de vítimas que tudo perderam, uma minoria de gananciosos, corruptos e insaciáveis oportunistas, aproveitam para enriquecerem, à custa da desgraça geral. E manipulam para que sejam eleitos os políticos que mais favoreçam as suas ambições. Tudo isto é facilitado pela degeneração geral num estado de contracultura que tolda as consciências,  fazendo com que muitos pareçam viver  numa embriaguês permanente. Em tais condições, os povos tendem a comportar-se como se comportavam alguns reis tolos: Estimavam mais os bobos que os divertiam, do que os sábios conselheiros que os podiam aconselhar quanto à melhor forma de governar.

Será que poderá vir a acontecer uma situação que vi descrita simbólicamente num grande filme? Um cardume de peixes pequenos começou a ser devorado por um bando de tubarões que, enlouquecidos pela voracidade, quando já não havia peixes pequenos, começaram a devorarem-se uns aos outros, numa tremenda carnificina que tingiu o mar de vermelho de sangue.

 

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publicado às 12:00


OS RESULTADOS ESCOLARES...

por Francisco Galego, em 20.01.16

“Apesar de sublinhar a fortíssima importância da análise do desempenho escolar, sobretudo para as decisões a tomar em cada escola ou agrupamento, a elaboração dos rankings parece servir mais para alimentar uma obsessão com resultados e um equívoco sobre a promoção da excelência e do rigor.”

(José Morgado, in Jornal “Público” de 12/12/2015- “Rankings escolares: nada de novo”)

 

Mais uma vez, os rankings das escolas vieram confirmar aquilo que, desde há muito, está previamente confirmado: Os alunos das escolas privadas obtêm melhores resultados do que os alunos das escolas públicas.

Estranho seria que assim não fosse. Logo à partida, os alunos das escolas privadas usufruem das enormes vantagens que lhes são conferidas pelas condições de vida das famílias a que pertencem: Pais mais conscientes do valor da educação; mais competentes para orientarem e apoiarem essa educação; mais dotados de recursos para prevenirem e remediarem dificuldades, removerem obstáculos e resolverem problemas.

Dirão que há excepções: Crianças de famílias favorecidas e com fraco sucesso escolar; crianças de famílias desfavorecidas com notável sucesso escolar. Claro que há. Mas são excepções, casos raros que escapam à regra. Mas, mesmo nesses casos, o sucesso escolar tende a ser mais vantajoso para os mais favorecidos.

Todos os estudos sérios apontam a escola como um dos mais determinantes factores de reprodução das desigualdades sociais e, já agora, também do nível de desenvolvimento dos próprios países.

Daí  que,  quanto mais os Estados  se preocupam com os equilibrios e com a igualdade de oportunidades, mais investem na oferta de uma escola pública de qualidade. Sendo que a inversa, também é verdadeira. E, mesmo quando essa preocupação predomina, quão difícil é criar condições de compensação que atenuem as diferenças de forma a garantirem algum sucesso àqueles que, por mais carecerem de ser ajudados, mais necessitam de cuidados e de reforços educativos.

Ora, essa compensação fica muito comprometida, ou mesmo impossibilitada, quando a escola pública está pouco dotada de recursos humanos e materiais para compensar as diferenças. Porque, verdade seja dita, nem sempre os educadores escolares estão dotados da necessária vontade, sensibilidade e capacidade para detectarem, analisarem e acudirem a essas diferenças.

Claro que a escola pública tem os alunos mais difíceis. Mas, se na confrontação com a escola privada, dispõe de maior carência de recursos, como esperar que possa obter melhores resultados?

Por isso, cabe ao Estado compensar investindo no ensino público os recursos necessários, garantindo a formação adequada dos seus agentes educativos, avaliando e analisando os seus resultados, criando mecanismos de reforço e de compensação educativa para apoio dos casos mais carentes e mais complicados.

Tudo isto se torna muito importante se entendermos que a escola pública, destituída dos recursos necessários, está condenada ao fraco sucesso ou mesmo à forma mais grave que o insucesso pode revestir: A exclusão escolar que, em geral atinge os que, sendo os mais fracos, são os que mais necessitam da compensação que a escola devia propiciar de forma a garantir a sua inclusão na sociedade, de acordo com as suas capacidades e necessidades pessoais.

Há uma razão que importa considerar quando se trata de analisar os resultados da educação escolar: Os individuos que, por falta de reais oportunidades educativas, são condenados à fatalidade determinada pelas carentes e deficientes condições em que nasceram, na grande maioria dos casos, acabam por se tornarem, encargos muito pesados para a sociedade e para o Estado.

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publicado às 00:01


ANTÓNIO DE ALMEIDA SANTOS

por Francisco Galego, em 19.01.16

Nos jorrnais destaca-se a morte de António de Almeida Santos. Mais um da geração que ajudou a gerar a "Nova Liberdade”, desaparece. Neste tempo que parece sem heróis, até os heróis que desaparecem, partem sossegadamente.

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publicado às 11:15


RECOMEÇANDO ...

por Francisco Galego, em 16.01.16

Numa pausa do trabalho para o acabamento dos escritos que penso publicar brevemente sobre o grande escritor campomaiorense João Dubraz (1818 –1895), tenho-me ocupado em organizar e guardar velhos papéis.

De repente, deparei com uma das frases que me ajudou a definir o caminho que escolhi como professor.

A arte de interrogar é bem mais a arte dos mestres do que as dos discípulos; é preciso ter já aprendido muitas coisas para saber perguntar aquilo que se não sabe.(Jean Jacques Rousseau, filósofo e escritor, (1712-1778)

Na minha acção, enquanto professor, fui-me tornando cada vez mais atento e observador da realidade socio-cultural em que tinha de exercer a minha missão profissional. Muito do que me tinha sido dado conhecer, enquanto aluno e educando, não me servia de referência, pois não podia repetir soluções, comportamentos e receitas que, no meu caso, tão pouco me tinham ajudado.

Ainda hoje penso que os êxitos que, como aluno, fora alcançando, os obtinha mais por reacção do que por aceitação das propostas que me tinham sido apresentadas. Tornou-se-me, portanto, muito rapidamente evidente que era preciso analisar critica e criteriosamente os métodos a usar, a fim de encontrar as respostas mais adequadas para as situações que se me iriam deparando.

Desde logo me apercebi que "a palestra" do professor como base do aprender, seria para os meus alunos tão aborrecida e ineficaz como para mim tinha sido. Aprende-se pouco ouvindo. Mas aprende-se mais lendo com interesse, observando com atenção, elaborando notas de reelaboração do que se lê, encontrando respostas a dúvidas previamente elaboradas. Por isso, é importante ensinar a procurar, ensinar a aprender, a colocar as questões e a escolher os caminhos mais adequados para lhes responder.

É assim, de forma muito sucinta e simplificada, a maneira mais eficaz de adquirir conhecimento. Por isso, aprende-se melhor quando nos ensinam a aprender. O verdadeiro conhecimento não resulta da memorização, mas da compreensão e esta só se alcança pela capacidade de continuramos a aprender ao longo da nossa vida.

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publicado às 00:06


ANO NOVO

por Francisco Galego, em 15.01.16

De tudo, ficaram três coisas:

A certeza de que estamos sempre começando...

A certeza de que precisamos continuar...

A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...

Portanto devemos:

Fazer da interrupção um caminho novo...

Da queda um passo de dança...

Do medo, uma escada...

Do sonho, uma ponte...

Da procura, um encontro...

 

Fernando Pessoa

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publicado às 08:00

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