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TEMPOS PASSADOS...

por Francisco Galego, em 27.11.14

Isto foi publicado no jornal “O Transtagano” que se publicava em Elvas.

 

Nº 221, 5ª-feira, 12 de Junho de 1862

 

“O maior escândalo, a maior afronta que este país tem sofrido nestes últimos tempos, é a continuação de um ministério ignóbil e vingativo à frente dos negócios do Estado contra a pronunciadíssima opinião pública.

A sua permanência é uma ofensa às instituições e um perigo para a ordem pública.”

 

Nº 288, Domingo, 1 de Fevereiro de 1863

 

“O ministério considera-se na actualidade vigoroso e persiste com tenacidade no intento de governar ainda mesmo contra a vontade da nação… mas, o governo histórico do Sr. Duque de Loulé já tocou a decrepitude e já não é mais do que um corpo cansado e inerte… Os novos ministros partilharão da herança dos seus nobres colegas; assim, o estigma dividido por todos será menos pesado a cada um.”

 

Ainda bem que nada disto é hoje possível!

São outros os tempos...

 

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publicado às 16:20


COISAS DE OUTROS TEMPOS....

por Francisco Galego, em 21.11.14

“O transtagano”, nº 127, Elvas 5ª-feira, 18/7/1861

“Na sessão da câmara de 9 de Julho, o Sr. José Estêvão de Magalhães[1] disse: …Imensos territórios estão sem cultura sem aproveitamento; uns desperdiçados em pastos comuns, cujos interesses é preciso regularizar, outros entregues às câmaras municipais para logradouros em que ninguém logra, outros ocupados com certo direito consuetudinário pelas primeiras pessoas que lhe lançaram a enxada e que não dão pelo uso desses terrenos nenhuma retribuição aos corpos a que pertencem.

Veja-se os casos da Defesa de S. Pedro e dos coitos do concelho de Campo Maior:

“Quem vir a apreciável quinta de S. Pedro a N.E. daquela vila, a majestosa quinta da rainha[2] e muitas hortas que circundam aquela povoação, quem vir as magníficas vinhas, com suas árvores frutíferas que em distância de três quilómetros se ostentam luxuriantes, os olivais que, à mesma distância, desenvolvem nos seus ramos os frutos oleosos impregnados de elementos nutritivos, que vir tudo isto e o comparar com os terrenos que, para lá destes, circundam Campo Maior, áridos – depois de colhidos os trigos, cevadas e alguns legumes como o grão-de-bico e os chícharos – quase despidos de vegetação, apenas percorridos por rebanhos de ovelhas que mal se matêm com os pastos espontaneamente oferecidos pela fecundidade do solo ou pelos resíduos frumentícios e leguminosos que ficam após as colheitas, dirá: Como está tão aprazível a quinta cercada por tão grande porção de terreno inaproveitado, tendo a mesma composição geológica e subsolo da mesma natureza! Porque não se povoa de vinha e olival o que é menos apto para os cereais? Porque não se formam hortas nesta outra porção de terreno tão abundante em água? Porque está tudo em tão lamentável abandono?

Uma das causas – talvez a mais poderosa – consiste em que o proprietário do terreno o tem só, e absolutamente só, para nele não empreender senão uma espécie de cultura. Outra é que os pastos pertencem à câmara municipal; se não houvesse este embaraço, as culturas variadas que param pela meia légua, entender-se-iam por muitos hectares de terreno.”

 

 

[1] Mais conhecido simplesmente como José Estêvão, foi um dos mais brilhantes políticos da 1ª metade do Séc. XIX.

[2] Foi depois chamada Quinta do Firmino, Quinta do Mata, Quinta de S. Joãozinho e Quinta dos Avós.

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publicado às 17:32


COISAS DO NOSSO PASSADO… (Continuação)

por Francisco Galego, em 15.11.14

Enviou-me o Sr. Luís Lopes Magueijo, em complemento ao texto publicado neste blogue no passado 1 de Novembro, mais algumas considerações sobre o “viver” dos ratinhos que, há mais de meio século, vinham da Beira até Campo Maior, para trabalharem nas ceifa,

É muito importante e interessante este seu testemunho e isso justifica plenamente a sua divulgação.

Aproveitei para, entretanto, recorrer aos textos de José da Silva Picão, sobre o mesmo tema porque, anteriores a estes, cerca de 50 anos, permitem ter um conhecimento mais alargado da realidade da vida, nas terras do Alentejo, no século passado. Além disso, enquanto de um lado temos o testemunho dos que vinham para alugar a sua força de trabalho, do outro temos o testemunho de quem, sendo lavrador, contratava os “ratinhos” e, observando-os, tentava descrever os seus comportamentos e condições de vida, bem como as actividades que tinham de desenvolver.

Vejamos os novos quadros da vida dos “ratinhos” traçados pelo Sr. Luís Magueijo.

  1. Quando um dia me deslocava do Monte com o jantar para o pessoal que, nesse dia, ceifava próximo de Ouguela, junto à Ribeira de Caia, soltou-se uma chavelha da roda do lado direito da minha carroça e esta inclinou-se nesse sentido. E eu, ali fiquei sem saber o que fazer. A hora do jantar, meio-dia,aproximava-se a passos largos e eu, franzino, não conseguia repor a roda. Até que, finalmente, apareceu um pastor do Monte que veio em meu auxílio. Repôs a roda e eu segui para o meu destino. Claro que, naquele tempo, sem comunicações, o pessoal estava desesperado por não ver chegar o granito. Até que, finalmente, eu cheguei!...
  1. Naquele tempo, especialmente na ceifa, não havia pratos. Estes eram substituídos por baldes em zinco, em redor dos quais nos agrupávamos em número de cinco. O mais velho desse grupo, representava o chefe. Quando a comida já estava dentro dos baldes, ele, o chefe, dava uma batida com a colher no balde e, a partir daí, todos, em sincronização, se alimentavam, num vaivém ordeiro e digno de registo.
  1. Os ratinhos, como se depreende, não traziam colchões. À noite, cada um fazia um rapeiro ou buraco e, com grande quantidade de restolho, improvisava o seu “colchão”. Dormíamos vestidos, mas não calçados. Para nos protegermos da orvalhada que era abundante, protegíamo-nos com os guarda-chuvas abertos. O grande incómodo durante as noites, eram as melgas a que nós chamávamos “ a Aviação Espanhola”.
  1. Eu tinha no lastro da carroça uma grade em madeira que estava preparada, artesanalmente, para receber as barricas da água, o pote para o granito e a água quente.E, onde é que eu ia recolher a água para o pessoal beber e para o uso da cozinha campal? Estrategicamente, o monte tinha vários poços, todos equipados com balde, corda e roldana. Eu escolhia o mais próximo do corte onde o pessoal ceifava. Ora, aconteceu muitas vezes eu chegar ao poço e ver andorinhas pequeninas mortas e a boiar. Tinha de as retirar com o balde e recolher a água que era precisa para os fins que referi. Claro que nunca disse ao pessoal o que tinha visto na água!...Mas, porque é que as pequenas aves estavam ali mortas? - Porque as andorinhas tinham grande propensão para fazer os ninhos no rebordo dos poços.
  1. O horário de trabalho na ceifa. Após uma noite – por vezes mal dormida – logo que rompia a aurora – o manajeiro que era o primeiro a levantar-se. Dizia três vezes, repetidamente e em voz bem audível: Arribó! ... Família!   Após tal alarido, os ratinhos iniciavam – ainda que a custo – o levantamento. Calçavam-se, muniam-se das foices e dos dedilhos (protecções em cana para os dedos) e estavam em prontidão, como na tropa, para iniciarem mais um dia de ceifa. O manajeiro era o primeiro a iniciar a tarefa. Quando já todos ceifavam, ele dava um passo atrás, colocava a foice no antebraço, acendia um cigarro e, a partir daí, assumia o seu lugar de chefe. Só na manhã seguinte repetia o acto. Por volta das nove horas, chegava eu do Monte com o pote e a água a ferver, temperada de sal e alhos e com um corno enorme cheio de azeite. Levava também um tarro com azeitonas galegas, grande quantidade de queijos secos e dois ou três sacos de pão, ainda quentinho (o marrocato) que tinha vindo de Campo Maior e que parecia ter sido feito, haveria cerca de uma hora. Por volta do meio-dia, chegava eu com o dito pote que trazia dentro o bem confeccionado granito, com beldroegas e a ferver e um ou mais tarros cheios de toucinho, morcelas, farinheiras, chouriças. Tudo caseiro e em abundância. Nesta altura do repasto havia um descanso de três horas. À tarde era a refeição fria mas com todos os complementos – pão, azeitonas e enchidos – que já tinham feito parte da logística anterior. Neste repasto, o descanso era de uma hora. Depois … Bem!... Depois, era ceifar até as estrelas no céu nos dizerem: Basta! Basta! Já chega! Era, realmente duro e severo. Mas, estava escrito: Cumprirás e não protestarás!
  1. Na véspera de terminar a contrata, ou seja, quando se dava por terminada a ceifa, era de tradição, deixar para o dia final, uma franja de cereal – no caso era cevada – para que nesse dia, logo que se iniciava, se terminar, simbolizando os quarenta dias de missão cumprida.
  1. Quando cheguei ao Monte, e já como manteeiro, foi-me entregue a carroça e uma égua velha que eu baptizei de Coitada! … Estava muito magra!... Logo no primeiro dia de trabalho nasceu entre mim e ela uma grande amizade. Por instinto, logo percebemos que nos íamos dar muito bem. E, assim foi! ... Logo que descobri que andava mal alimentada, sem que o manajeiro e o feitor se apercebessem, eu colocava um molho de cevada à frente dela e, curiosamente, só trincava a espiga. Eu voltava depois a recolocar o molho no rolheiro (o monte de cereal), pronto para seguir para a eira do Monte. E assim, a Menina passou de magra a gorda!

Luís Lopes Magueijo, Seixal, Foros de Catrapona, 30 de Outubro de 2014

 

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publicado às 08:47


OS RATINHOS - I

por Francisco Galego, em 11.11.14

Tanto no concelho de Elvas, como em muitos outros do Alentejo e até de Espanha, as ceifas nas herdades, são geralmente executadas por milhares de homens e rapazes que, de propósito, vêm das Beiras e que o público conhece pelo nome de ratinhos ou ratos. É uma alcunha pouco lisonjeira, mas os alcunhados não a repelem nem se amofinam por isso. Ratinhos foram seus avós e pais, ratos se consideram eles e, outro tanto, sucederá a seus filhos e netos.

O hábito de virem ceifar às terras alentejanas, é tão antigo e inalterável, está tão arreigado e persistente que deverá subsistir por largos anos, como vantajoso que é para lavradores e serviçais. Ai das colheitas do Alentejo, se lhes faltassem os ceifeiros beirões!...

Essas centenas e centenas de braços, cuja totalidade comporia uma grande legião, dividem-se em grandes agrupamentos ou camaradas de cinquenta a cento e tantos indivíduos, de antemão recrutados pelo respectivo manajeiro.

Cada agrupamento tem o sue manajeiro em chefe que delega parte dos poderes nos encarregados dos cortes, em que a mesma camarada se desdobra ao chegar ao Alentejo e se dividir para as diferentes ceifas que se ajustam. Esse encarregado toma o nome de manajeiro do corte e, como tal, governa sobre a gente que lhe distribuem.

Castanheira de Pera, Águeda, Anadia, Oliveira do Bairro, Arganil, Góis, Lousã, Figueiró dos Vinhos, Pedrogão Grande, Sertã, Proença-a-Nova e outras, são as zonas que fornecem maior contingente de ratinhos.

E – nota curiosa – entre esses homens, não se encontram apenas os que se entregam aos labores do campo nas suas naturalidades, mas também muitos de profissões e hábitos diversos – sapateiros, alfaiates, barbeiros, etc. É que, para todos eles, a ceifas do Alentejo proporcionam-lhes melhores lucros do que os ofícios que exercem nos seus rústicos lugarejos.

 

José da Silva Picão – “ATRAVÉS DOS CAMPOS” –

Usos e costumes agrícolo-alentejanos (Concelho de Elvas), 2ª ed. Lisboa, Neogravura, Lª, 1947

            (Nota: A 1ª Ed. desta obra apareceu ao público no ano de 1903)

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publicado às 10:10


COISAS DO NOSSO PASSADO…

por Francisco Galego, em 01.11.14

A Presidência da Câmara Municipal fez chegar ao meu conhecimento uma carta recebida e que, logo que a li, tomei a decisão de publicar, demonstrando assim o quanto fiquei surpreendido e agradado com o seu conteúdo. Contactei o seu autor que sei viver actualmente no concelho de Seixal, dando-lhe a saber do meu interesse e pedindo-lhe autorização para a sua publicação. A sua amabilidade foi tão grande quanto a simpatia. A sua disponibilidade, para que a pudesse dar a conhecer neste local, foi total.

Aqui fica, com a esperançosa expectativa que seja lida com interesse e espirito critico para se tirar dela um conhecimento do nosso passado que muito pode ser acrescentado com estes preciosos testemunhos.

Fiz questão de introduzir nesta transcrição, o menor número possível de alterações. Apenas as que me pareceram úteis para uma melhor leitura.

 

Senhor Presidente da Câmara Municipal de Campo Maior:

 

Com os meus melhores cumprimentos, venho por esta via, junto do Sr. Presidente, transmitir uma "faceta" do seu concelho que decerto nunca alguém lhe transmitiu e que poderá ter muito valor para a história de Campo Maior.

Atrevo-me a escrever o que recordo, porque vejo muitas vezes na televisão o Sr. Presidente e porque fico encantado com o seu dinamismo e vontade de tornar o seu concelho um exemplo de bem viver e dar valor ao passado.

Sendo assim, aqui vai:

Tenho 70 anos de idade, sou aposentado da função pública e sou ex-combatente, em Moçambique - 1966/1968. Mas, quando há 57 ou 58 anos, eu tinha 14 ou 15 anos, fui um pequeno elemento de um grupo de "ratinhos" e fomos ceifar durante 40 dias para o Monte da Bela Vista, em Ouguela, o qual era propriedade da Sr.ª D. Sofia Teles da Gama Minas.

O grupo era organizado na minha aldeia - Juncal do Campo, Castelo Branco - e acolhia homens de várias aldeias vizinhas como: Freixial do Campo, Chão-do-Vão e Barbaído. Íamos em meados de Maio e iniciávamos a tarefa a ceifar fava para secar. Depois, até ao fim, era ceifar cevada especial que se destinava às fábricas de cerveja.

A nossa chegada a Campo Maior era controlada pela GNR, porque os naturais de Campo Maior (população quase inteiramente rural) não nos acolhia com "bons olhos" já que, no seu entender, lhes íamos roubar o trabalho e, desde logo, inviabilizar as suas reivindicações laborais. A GNR recebia-nos, no nosso autocarro, às portas de Campo Maior e, sob sua escolta, levava-nos até ao monte.

 

A “contrata”, como era conhecido o acordo, tinha a duração de 40 dias; comida e dormida no campo onde decorria a ceifa, eram por conta da “senhora”.

O grupo oscilaria entre os 35 e 40 homens e alguns adolescentes, como era o meu caso. Eu, com 14 anos, fui escolhido pelo “manajeiro” – o responsável pelo grupo – para ficar encarregue da função de “manteeiro”, para transportar comida, água e correio, para o “corte”, ou seja, para o local onde o pessoal ceifava. Para o efeito, foi-me distribuída uma carroça e uma égua que eu baptizei de “Menina”.

Tive a sorte e o privilégio de encontrar como que “um pai e uma mãe”, nas pessoas do casal responsável pela cozinha e pela copa. Ele chamava-se António e ela Libânia. Trataram-me como um filho e isso, eu nunca esqueci e já lá vão 58 anos!...

A “contrata” tinha um valor fixo. Claro que era superior ao que os trabalhadores fixos do monte auferiam. Daí, o desagrado deles pela nossa presença. De salientar que, quer nós, quer os trabalhadores do monte, em conjunto, tornávamos o Monte da Bela Vista, uma autêntica aldeia. Era, de facto, muita gente: arrieiros, pastores, porqueiros, vaqueiros e outros… Havia também muitos animais e muitas “parelhas de mulas”. Máquinas havia poucas: haveria uma ceifeira antiga que avariava constantemente; haveria um ou dois tractores a que se acoplava o engenho que servia de “malhadeira”, (ou debulhadora) separando o cereal da palha.

 

O Monte da bela Vista tinha uma área tão grande que nós nem sabíamos onde terminava.

À entrada para Ouguela, do lado direito e junto à ribeira, perto da fronteira com Espanha, havia o posto da Guarda Fiscal. As coberturas das casas do quartel eram de colmo, uma espécie de palha trabalhada para substituir as telhas.

Durante os quarenta dias a comida era sempre igual. Ao almoço, grão com muita e boa carne de porco e beldroegas. Era simplesmente maravilhoso. Antes, de manhã, era o pão fatiado e bem regado com o bom azeite da casa, alhos, azeitonas e bom queijo, pequeno e seco mas, tudo muito bom. À tarde, era água, azeite, vinagre e pão migado aos pedacinhos. O complemento da noite era o queijo, o bom pão (marrocate) que ia diariamente de Campo Maior e algum enchido que sobrara do grão do almoço. Diga-se, que era tudo com abundância.

No último dia, a Sr.ª oferecia um almoço especial: Badana (carne de ovelha velha) em caldeirada com batatas, que era uma delícia. Só nesse dia é que era acompanhada de bom vinho tinto. Para esse almoço, vinha o “feitor” que trazia e entregava ao “manajeiro” o dinheiro vivo correspondente ao total de “ratinhos” e que este distribuía em partes iguais, excepto aos adolescentes como eu. Não me recordo de quanto seria, pois isso era com o meu pai que também estava no grupo. Terminada a “contrata”, ainda no Monte da Bela Vista, ficava a mesma logo acertada para o ano seguinte.

Terminada a “festança” e o “acerto de contas”, já lá estava o autocarro da empresa “Martins Évora” que nos levava de volta às nossas aldeias.

Da Sra. D. Sofia Teles da Gama Minas, recordo-me porque cruzava muito com ela devido à minha presença quase constante na cozinha do monte. Já nessa altura a senhora era viúva. Lembro-me que se tratava de uma senhora “franzina”, “pequenina”, mas muito activa. Ao lado da cozinha havia uma enorme capoeira de onde ela, todos os dias, retirava muitos, muitos ovos.

Há uns anos atrás, fui visitar o monte. Mas … nada estava como era. Gente, não havia. Ovelhas, porcos, galinhas … nada! Apenas um jovem casal de ucranianos que habitavam na zona da grande cozinha-copa do antigo monte e que me acompanhou na visita. O que vi foram as muitas vacas e a indicação de “Caça Protegida”.

E, pronto, Senhor Presidente. Gostava que mandasse responder à minha carta, dizendo se gostou e se tem interesse para a história de Campo Maior. Para qualquer esclarecimento, estou ao seu dispor. Alerto que, porque não concordo com o “Acordo Ortográfico”, escrevo como aprendi na minha “grande” 4ª Classe.

 

Respeitosamente

Luís Lopes Magueijo

 

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publicado às 08:24


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