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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Quadras recolhidas por José Leite de Vasconcelos no seu “Cancioneiro Popular Português” ( 4 )
Ovelhas não são p’ra mato,
Sabe-o bem o pastor;
Deixam a lã no carrasco,
A “perca” é do lavrador.
A “soidade”[1] é uma flor,
Que se cria em qualquer vaso;
Lealdades no amor,
Só se encontram por acaso.
A azeitona quando nasce,
Nasce logo redondinha;
Tu também quando nasceste,
Foi logo para seres minha.
És meu amor, és meu tudo,
És da minha simpatia;
Tu és a brilhante estrela,
Para mim és luz do dia.
Não me namora o teu riso,
Nem a tua formosura;
Namora-me o teu juízo,
Que é o que um homem procura.
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