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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Triste vida a dum ganhão,
Andar sempre a trabalhar;
Dá-lhe Deus uma doença,
Vai morrer ao hospital.[1]
O amor do lavrador,
É que agrada às raparigas;
Boa bota, boa calça
E chapéu preto à rebimba.
O meu amor é do campo,
Do campo e sabe lavrar;
Não é paivante da vila,
Que só saiba namorar.[2]
O meu amor é do campo,
É do campo é camponês;
Mais vale um amor do campo,
Que da vila dois ou três.[3]
A enxada com que cavo,
Meu pai com ela cavou;
O arado com que lavro,
Foi deixas do meu avô.
Andei desde pequenina,
Pelas casas a servir;
Não tenho nada de meu,
Mais que a roupa de vestir.
Olha o triste sapateiro,
Está batendo a sola ao sol;
Agachado no tripé,
Passando o fio no cerol.[1]
Não há nada mais bonito,
Que um marido lavrador;
Eu hei-de casar contigo,
Hás-de ser o meu amor.
Já não há p’raí quem queira,
Acomodar um ganhão;
P’ró alqueive e sementeira,
E p’ra ceifa no Verão.[2]
Esta vida de boieiro,
É uma vida arrastada;
Não tem noite nem tem dia,
Nem sesta nem madrugada.[3]
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