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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
NA APANHA DA AZEITONA ( V )
A oliveira se queixa,
E queixa-se com razão;
Pois lhe colhem a azeitona,
Deitando-lhe a rama ao chão.
Os olhos do meu amor,
São duas azeitoninhas;
Fechados são dois botões,
Abertos, duas rosinhas.[1]
Apanhem a azeitona,
Virados p’ro vento norte;
Que o dinheiro do patrão,
Só se ganha desta sorte.[2]
Já se acabou a apanha,
Já se ganhou o dinheiro;
Dou vivas ao nosso rancho,
E também ao manajeiro.
Já se acabou a azeitona,
Já se acabou já lá vai;
Viva o nosso manajeiro
E o dono dos olivais.
Vimos fartos de cantar,
Já não estamos mais p’ra isso;
A não ser que o nosso amo,
Nos dê pão, vinho e chouriço.
Oliveira não te seques,
Que hás-de vir a juramento;
Debaixo da tua rama,
Se tratou meu casamento.[3]
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