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COISAS ANTIGAS

por Francisco Galego, em 30.12.10

CASAS

 

“…Um dos mais notáveis desta Vila e, no seu género, talvez o melhor da Província do Além-Tejo, é o Assento das provisões militares. È obra do Engenheiro Tomás de Vila Nova.

As Casas do Senado da Câmara, e da residência dos Juízes de Fora (1) são de uma nobre arquitectura. Não chegaram porém a acabar-se na conformidade do plano que delas se delineou e que é motivo delas não serem as mais completas da Província e do Reino.

(João Mariano de Nossa Senhora do Carmo Fonseca, p. 18)

(1) Esta residência localiza-se na Rua da Canada e tem inscrito sobre a porta "Pro Rege et pro Lege")

 

SALAS DE AULA

 

A de Latim - Português, no edifício da Câmara com porta para Rua Major Talaya, onde esteve a Biblioteca e onde está o serviço municipal de águas.

No primeiro andar desta ficavam duas salas de aula do ensino primário (onde, nos anos 20 do século passado leccionavam os professores António Florindo da Rosa Cordeiro e Manuel Dias Ferreira.

 

BILBLIOTECA

 

A Biblioteca de Campo Maior esteve instalada nas instalações da Câmara. Mais tarde foi instalada no mesmo edifício, mas na rua Major Talaya. Na porta a seguir à que foi da PSP e onde esteve a inscrição Aula de Latim – Português, depois substituída pela de Biblioteca Municipal.

(Martinho Botelho, p. 14 e 15)

 

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publicado às 09:35


A PRAÇA NOVA

por Francisco Galego, em 27.12.10

Depois do desatre de 1732

 

Para acudir ao estado de ruína em que ficara a vila, D. João V mandou “dar o acréscimo do depósito comum e 400 moios de trigo para se fazer uma Praça Nova, casas da Câmara, Açougues e Cadeia, nos quintais que há entre a Rua da Canada e a do Manantio, com entradas para estas e para a rua de S. Pedro, cuja obra se deve principiar.”

(Estêvão da Gama, p. 141)

 

 

Segundo um texto publicado em 1876, no jornal de Elvas – A DEMOCRACIA:

 

Subindo a Rua de S. Pedro, chega-se a um arco que fica do lado direito e vai dar à Praça Nova. Numa das paredes deste arco há uma pedra com letreiro alusivo à fundação dos paços do concelho. (1)

A Praça Nova, agora chamada de D. Luís, foi construída depois da grande catástrofe acontecida por efeito da explosão do paiol da pólvora e 1732. É um quadrado regular, apto para nela se correrem touros, para jogos de canas ou outros que eram de uso ao tempo do seu estabelecimento.

O acesso à praça faz-se por três acessos: o arco da Rua de S. Pedro e mais duas travessas, uma para a Rua 13 de Dezembro e outra para a Rua general Magalhães, até há pouco chamada de Rua de Manantio. Os prédios que a demarcam são todos ao gosto moderno e asseadíssimos, sobressaindo o edifício onde funciona a câmara, as repartições civis e as escolas as quais ocupam todo o lado ocidental dela. Está arborizada e deve ser lugar de algum trânsito enquanto as repartições estão funcionando. Pois que, quando se fechem, porque a sua situação torna-se muito isolada, quase a um canto da vila, pondo-a incomunicável as ruas de S. Pedro, 13 de Dezembro, do Conde d’Ávila (antes Canadinha) e do General Magalhães, que a têm como que cercada, fazendo com que seja mais fácil circular por fora dela.

Arrumado a um dos ângulos, junto ao edifício da câmara, está o pelourinho, construção do século passado. Assente sobre quatro degraus, todo de cantaria e que serve de pedestal a uma estátua da justiça. Tem como característica interessante o facto de estar de olhos desvendados e falta-lhe o braço direito, de que pendia a balança, por lho terem mutilado a pedradas.

 

(1) Esta placa foi para ali trazida dos antigos paços do concelho, na Praça Velha, destruidos pela explosão de 1732)

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publicado às 09:14


A PRAÇA VELHA

por Francisco Galego, em 23.12.10

Provisão de D. João III, no ano de 1545

Os moradores da vila fizeram “um alpendre na Praça ao longo do muro em que sem vendiam as cousas dela que houver”

Concedido que “se lavrasse e se arrendasse por três anos a Defesa do Carrascal, um ano para o mosteiro de Santo António e os mais para as ditas despesas e que depois disto, umas casas que o concelho tinha que serviam de Audiências, e câmara que estavam dentro da vila, caíram e, que para se tornarem a fazer ordenarão com a maior parte do Povo e homens bons em Câmara que se fizessem as ditas casas junto da Praça ao longo do muro da barbacã, por dentro porque pouparia muito a vila e que por debaixo delas ficassem alpendres e se houver por bem que se fizessem para vender as cousas da dita vila na Praça e que por os alpendres se não poderem fazer ao longo do muro, possa vender cousa alguma sem da barbacã se derrubar o que ficar diante deles, me pedis que haja por bem que a dita barbacã se derrube e assim que se façam as audiências e Câmaras sobre eles pró ser de menos custo e mais honra desta vila fazerem-se sobre os ditos alpendres em lugar onde se fazem. Havendo respeito ao que dizeis e por algumas cousas que a isto me movem, hei por bem que se façam as audiências e Câmara sobre os alpendres que dizeis que se fazem na Praça por meu mandado para o que se derrubará a barbacã que estava defronte da dita obra e assim a barreira até ao castelo sendo necessário.”

(Estêvão da Gama, p.177 e 178)

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publicado às 09:09


O PALÁCIO OLIVÃ (III)

por Francisco Galego, em 20.12.10

III - Com a implantação do liberalismo em 1820 e, sobretudo pelos efeitos que a guerra civil, que lavrou até 1832, teve sobre algumas das mais importantes famílias da tradicional nobreza portuguesa, as quais, por terem seguido o partido absolutista de D. Miguel, foram expropriadas dos seus bens, o palácio parece ter entrado num período de decadência.

Em meados do século XIX o Palácio Olivã (dito Palácio do Visconde, onde hoje se encontra a Biblioteca Municipal) foi adquirido por um tal José Vitorino Machado, natural de Olivença. O qual, através do comércio conseguiu enriquecer, tornando-se grande proprietário e chegando mesmo a ocupar cargos elevados na administração local. Foi este senhor que adquiriu o Palácio dos Menezes (depois Casa do Barata), no qual viveu como nobre, embora fosse apenas um abastado plebeu. Casou com uma senhora elvense, muito mais nova, que foi sua herdeira universal.

Esta senhora, depois da morte do seu primeiro marido, casou em segundas núpcias, com Cristóvão Cardoso de Albuquerque Barata, oriundo de Paredes de Coura, sargento de brigadas que serviu na guarnição de Elvas e depois na de Campo Maior. Este senhor foi, durante muito tempo chefe do Partido Progressista, tendo sido, durante muitos anos, investido no cargo de Administrador do Concelho. Por ter assumido a defesa do concelho de Campo Maior que esteve na iminência de ser extinto em Janeiro de 1868, viu o seu nome ser dado ao largo onde se situa o palácio de sua residência que passou a chamar-se Largo do Barata. Devido à sua acção como político e à benevolência da sua acção para com os mais humildes, veio a ser agraciado com a Comenda da Ordem de Cristo.

Seu filho, Cristóvão Cardoso Cabral Coutinho de Albuquerque Barata que fez carreira, primeiro como advogado, depois na magistratura, atingindo o cargo de Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, foi agraciado com o título de Visconde de Olivã.

A estes dois ilustres campomaiorenses se deve a restauração e conservação do palácio nos finais do século XIX e primeira metade do século XX.

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publicado às 12:00


O PALÁCIO OLIVÃ (II)

por Francisco Galego, em 16.12.10

II- Estêvão da Gama de Moura e Azevedo, governador de Campo Maior entre 1706 e 1741, refere-se ao palácio (dito, Palácio Olivã ou Palácio do Visconde, onde hoje se encontra a Biblioteca Municipal) do seguinte modo:

(Estas casas) são de D. João de Aguilar Mexia, no Terreiro das Estalagens, com oito janelas (altas) e outras tantas (janelas) baixas. Tem dentro uma horta com muitas árvores, uma fonte com a mesma água que vem à que tem nas fontes públicas o Povo. Nelas se tem acomodado o Sr. Infante D. Francisco, as três vezes que tem vindo a esta praça. Sendo a primeira em segunda-feira, 18 de Dezembro do ano de 1713, a segunda em 14 de Setembro de 1714, e a terceira em treze do dito mês do ano de 1715. Nestas mesmas casas se fez aposentadoria para S. Majestade, que Deus guarde, o ano de 1716, de que não usou, porque vindo no dia doze de Novembro a esta Praça voltou no mesmo a Elvas, por causa da chuva que sobreveio.


- Por este texto se pode concluir que, no início do século XVIII, o palácio seria, a mais nobre casa de Campo Maior, pois que, estando a vila em reconstrução depois do desastroso cerco de 1712, a vila, que ficara muito arruinada, foi visitada por um irmão de D. João V e foi neste palácio que esteve hospedado. O próprio rei que, por essa mesma altura, visitou a vila para observar o andamento da sua restauração, teve aposentos preparados neste palácio, não chegando a pernoitar neles. Regressou no mesmo dia a Elvas por receio dos efeitos que a chuva pudesse ter sobre os caminhos, dificultando o regresso. Por este tempo ainda não existia ponte sobre o Caia, na estrada para Elvas, tornando-se muito difícil de transpor a vau por se tornar muito caudaloso.

- Repare-se que, embora o governador da época fosse Estêvão da Gama de Moura e Azevedo e este tivesse já o seu próprio palácio (o actual Palácio Carvajal), as reais personalidades foram aposentar-se na casa da mais antiga e nobilitada família residente em Campo Maior, os Menezes.

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publicado às 11:58


O PALÁCIO OLIVÃ (I)

por Francisco Galego, em 12.12.10

I - O actual Palácio Olivã (também chamado do Visconde e onde se encontra instalada a Biblioteca Municipal) é certamente uma das mais nobres casas e, provavelmente, a mais antiga construção de Campo Maior, por ser uma das que conseguiu sobreviver à grande tragédia de 1732 em que, do rebentamento do paiol da pólvora resultou a quase total destruição do casario desta vila raiana.

 

Na sua Galeria de Figuras, publicada nos anos 50 do século passado, João Pessoa escreve sobre D. Manuel de Menezes, natural de Campo Maior, cronista-mor do reino, com uma carreira mitar começada ao lado do Prior do Crato e que terminou com a prestação de honrosos serviços no Oriente, já sob o governo dos Filipes, o seguinte:

Encontrava-se no seu paço de Campo Maior, então cercado de vasta quinta (hoje, Casa do Barata), preocupado com o estudo e afastado das lides oficiais, quando em 1625, o nomearam General da Armada, para comandar a esquadra de vinte e seis navios guarnecidos por 24.000 homens, com a qual foi restaurar a cidade da Baía (no Brasil), usurpada pelos holandeses.


Este texto permite tirar algumas ilações importantes sobre o actual Palácio Olivã:

- Tendo os Menezes ocupado a função de governadores de Campo Maior, daí resulta que a sua residência fosse referida como o paço;

- Assim sendo, o nome da rua onde o palácio se localiza (popularmente chamada rua do Paço, que já se chamou rua Afonso Costa e é hoje rua de Olivença), não adveio de nela se localizar um "passo" processional, mas de ter sido a rua do "paço", ou seja, da  residência do antigo governador.

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publicado às 10:52


FACTOS DA HISTÓRIA DE CAMPO MAIOR

por Francisco Galego, em 08.12.10

São os naturais desta vila robustos, de grandes forças e igual valor, são duros e contentam-se com pão e água. As famílias antigas desta vila são os Vaz, Vicente, Rego, Prioreço, e Galvão. Depois vieram de fora os Mexia, Videira, Pereira, Sequeira, Fouto, Carrascosa, e Carrasco.

Entre a gente do povo conservam-se algumas palavras castelhanas e outras compostas de ambas as línguas, daí que não sejam nem portuguesas, nem castelhanas. E o mesmo acontece quanto aos costumes.

As mulheres que sempre deitam mão aos que favorecem a sua liberdade, mesmo as nobres, quando lhes parece, andam vestidas ao uso de Castela.(…)

……………………………………………………….

(Campo Maior foi das últimas terras portuguesas  a aceitar D. João I como rei de Portugal. A vila teve de ser conquistada pela força das armas e só aceitou a soberania portuguesa em 1 de Dezembro de 1388).

 

No tempo de El-rei D. João I era alcaide do castelo Paio Roriz Marinho que teve voz por Castela e que depois foi morto por Martim Vasquez de Elvas. A Pio Roriz sucedeu Gil Vasquez de Barbuda de quem a Crónica de El-rei D. João I diz estas palavras: Partiu El-rei de Monção e veio a Lisboa, deixou aí a rainha para ir cercar Campo Maior, um bom lugar do seu reino entre Tejo e Odiana, que tinha voz pelo rei de Castela. E estava nela por alcaide Gil Vasquez de Barbuda, primo de do mestre Dom Martin Annes. Estando El-rei sobre esta vila, vieram de Badajoz os mestres de S. Tiago e de Calatrava com muita gente da Andaluzia para a socorrer. Houve muitas escaramuças. Porém, El-rei combateu a vila de tal sorte que a tomou pela força e, dezoito dias depois, tomou os castelo por pleitaria.

 

 

In, TEATRO DAS ANTIGUIDADES D’ELVAS,Com a história da mesma cidade e descrição das terras da sua comarca, pelo Cónego Aires Varela

NOTA: o Teatro Histórico das Antiguidades d’Elvas, obra que se considerava absolutamente perdida, foi escrito pelos anos de 1644 a 1655, ficando o trabalho interrompido por morte do seu autor que ocorreu aos 8 dias de Outubro daquele último ano. Nalguns capítulos, especificamente na última parte, do capítulo VII, refere-se o cónego Aires Varela às guerras que então havia na fronteira, por motivo da definitiva independência de Portugal.

 

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publicado às 19:31


Um milagre em Campo Maior

por Francisco Galego, em 04.12.10

"Nesta vila apareceu uma imagem de São João Baptista e lhe fabricaram uma igreja que é venerada pelos naturais da vila e frequentada pelos que o não são, pelos muitos milagres que Deus por ela opera. Crê-se que, por intercepção deste santo, nunca tocou mal contagioso neste lugar, mesmo quando todos os lugares vizinhos ardiam em peste.

Afirma a tradição e confirma a pintura do retábulo que, o homem a que esta imagem apareceu, tinha na cabeça um lobinho e, duvidando de lhe darem crédito, lhe disse o santo que serviria de testemunho que, naquele mesmo momento, o lobinho que tinha na cabeça lho mudasse para o pé, o que logo aconteceu. E, assim ficou acreditado o homem e respeitado o Santo. O homem chama-se Gonçalo Rodrigues. Dele há descendência e se conserva uma horta do prazo[1] da mitra, em que se entra por sucessão de sangue. Estava nesta horta quando lhe apareceu a imagem de S. João Baptista, e afirmam que essa imagem é a que é venerada hoje naquela ermida.

A causa deste milagre foi que os moradores da vila estavam há anos a habitar no campo, devido à grande corrupção do ar que a todos matava. Ao que parece, pela intercepção deste grande Santo, de que já antes os de Campo Maior eram grandes devotos, foi Deus servido de lhes levantar o castigo. Três vezes apareceu o Santo a este hortelão, sempre entre chamas de fogo: a primeira, na sua choça; a segunda numa fogueira; a terceira, junto a um regato, onde lhe falou como atrás se disse. Também se afirma que, a fonte chamada de S. João que deu o nome à horta, nasceu milagrosamente aos pés do Santo e, por ser fonte milagrosa, a sua água faz milagres."



[1] Prazo da mitra = com foro a pagar ao bispo

 

In, TEATRO DAS ANTIGUIDADES D’ELVAS,Com a história da mesma cidade e descrição das terras da sua comarca, pelo Cónego Aires Varela

 

NOTA: o Teatro Histórico das Antiguidades d’Elvas, obra que se considerava absolutamente perdida, foi escrito pelos anos de 1644 a 1655, ficando o trabalho interrompido por morte do seu autor que ocorreu aos 8 dias de Outubro daquele último ano. Nalguns capítulos, especificamente na última parte, do capítulo VII, refere-se o cónego Aires Varela às guerras que então havia na fronteira, por motivo da definitiva independência de Portugal.

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publicado às 11:59


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