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Façamos uma pausa

por Francisco Galego, em 30.07.10

"Viver sempre também cansa."

 

Gritou, num momento de desânimo, num poema, José Gomes Ferreira.

 

Também eu estou um pouco cansado de escrever este "blogue" que por ter pouca piada, cada vez tem menos quem o leia.

Ou será apenas porque quem o costumava ler, está a regalar-se com uma boas férias? Se assim é, ainda bem. Por isso também eu faço férias à minha maneira. Ou seja, vou, durante um tempo, dedicar-me a outras actividades.

Portanto, passem bem. Mesmo que não consigam ser felizes, ao menos procurem recuperar longe das habituais rotinas que, por vezes, tornam tão monótonas as nossas vidas.

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publicado às 09:19


O FUTEBOL: Como tudo começou...(XIX)

por Francisco Galego, em 27.07.10

Nas terras pequenas os clubes tendem a unificar-se . Muitos dos que tinham sido constituídos nas décadas anteriores desaparecem. Outros reduzem ao mínimo a sua actividade, como se hibernassem até à chegada de dias mais favoráveis.

Elvas, por exemplo, que já tinha tido meia dúzia de clubes locais, só já tinha dois a concorrerem ao campeonato da sua liga em 1934 e, no ano seguinte, foi preciso constituir um team misto para disputar com o Sporting Club Elvense a representatividade da cidade no campeonato distrital.

Devido a esta tendência geral para a concentração, foi na década de 30 que se constituíram os principais torneios a nível nacional. Com o pós-guerra, nos finais dos anos 40, a situação evoluiu de forma mais favorável para o desenvolvimento da prática desportiva.  Por um lado, a situação política tornou-se menos desfavorável. Por outro lado, os transportes passaram a permitir deslocações mais fáceis. As classes médias, na procura de empregos compatíveis com as suas aspirações, saíram para os centros urbanos do litoral. As vilas e aldeias do interior caíram num certo marasmo cultural. Os anos 40 e 50 foram culturalmente muito pobres nos pequenos agregados populacionais. As ondas de choque geradas pela 2ª Grande Guerra contribuíram para o apagamento da vida local, pelas dificuldades económicas que provocaram e porque empurraram as pessoas para a saída dos seus locais de origem à procura de melhores oportunidades de emprego.

Foi nesta nova situação que o futebol encontrou as condições para o seu desenvolvimento que levaram definitivamente ao profissionalismo. Passaria então a desenvolver-se em moldes completamente diferentes. O tempo do amadorismo tinha passado. Os grandes clubes, nas grandes cidades, arrancaram decididamente para se constituirem como grandes empresas destinadas a gerir a prática desportiva. Começou a época dos grandes estádios, do futebol espectáculo e do futebol paixão, capaz de agregar grandes multidões atraídas pela magia que os grandes ídolos traziam ao jogo.

 

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publicado às 09:40


O FUTEBOL: Como tudo começou...(XVIII)

por Francisco Galego, em 24.07.10

Nos finais dos anos 20, princípios dos anos 30, outras razões colocavam o futebol sob suspeita. Eram tempos de crise económica. Começara nos Estados Unidos com o Crash da Bolsa de Nova York  e alastrara a todas as partes do mundo. A Europa, já debilitada com as consequências da 1ª Grande Guerra, viu a situação agravar-se quando a América devido ao desmoronamento da sua economia, adoptou uma política proteccionista reduzindo ao mínimo as importações. Portugal, com uma economia de quase subsistência, viu agravar-se o seu quadro geral de miséria. O poder político de cariz fortemente conservador e repressivo, tornava impossível qualquer tipo de reivindicação organizada. O trabalho era pouco, mal remunerado e muito esforçado. A prática do futebol tornava-se difícil para os elementos das classes trabalhadoras. Os corpos, mal alimentados, mal suportavam o esforço laboral quanto mais o complemento de carga implicado nas competições desportivas. A tuberculose grassava e, por todo o lado, se constituíam enfermarias de isolamento e sanatórios para cuidar dos infectados com esta doença de cura difícil.

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publicado às 09:38


O FUTEBOL: Como tudo começou...(XVII)

por Francisco Galego, em 21.07.10

 

 

Os jornais começavam a ter uma certa influência sobre as classes médias letradas, levando a todo o país as novidades que antes só chegavam às principais cidades da faixa litoral. Mas, por outro lado, o isolamento a que as terras do interior estavam condenadas, devido às dificuldades de comunicações e de deslocação das pessoas, levou-as a terem de desenvolver localmente a sua própria cultura criando estruturas e meios de convivência, como as associações recreativas, os jornais locais e os clubes desportivos. Esse isolamento levou também à intensificação dos contactos com as povoações que ficavam mais próximas e com maior acessibilidade. Esses movimentos locais foram-se atenuando ao longo dos anos 30 porque o regime político saído da Revolução de Maio de 1926 não via com bons olhos estas manifestações de massas, olhando com desconfiança todas as manifestações de regionalismo e de cultura popular que, como o futebol, provocavam grandes ajuntamentos e despertavam grandes paixões. Só muito mais tarde o regime se aperceberia de que podia usar o futebol com objectivos favoráveis aos seus desígnios políticos.

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publicado às 09:32


O FUTEBOL: Como tudo começou...(XVI)

por Francisco Galego, em 18.07.10

 

Na década de 20 surgem também os primeiros grandes ídolos da bola como Francisco Stromp e Jorge Vieira no Sporting, Cândido de Oliveira no Casa Pia e Pepe no Belenenses. Aliás, este fenómeno foi em grande parte impulsionado pelo aparecimento dos chamados rebuçados da bola, os pequenos caramelos vendidos a preços acessíveis, embrulhados em pequenos rectângulos de papel com fotogramas dos jogadores: os famosos bonecos da bola. Estes bonecos, coleccionáveis em bonitas cadernetas, surgiram com os clubes de Lisboa em meados dos anos 20 e depressa se divulgaram por todo o país, as equipas que disputavam a 1ª Divisão Nacional. Os bonecos vão ter uma aceitação  tão grande que, desde meados dos anos 20 até aos anos 50, vão constituir a maneira mais eficaz de levar a todos os recantos o conhecimento físico das equipas e dos jogadores, num tempo em que a rádio se começava a divulgar transmitindo os relatos em directo dos encontros, mas em que ainda nem sequer se falava da televisão. Num tempo de grandes dificuldades económicas, num tempo profundamente marcado pela guerra, os bonecos eram cuidadosamente empilhados, guardados como pequenos e preciosos tesouros nos bolsos dos calções. Estabelecia-se uma verdadeira bolsa de trocas porque havia bonecos mais difíceis de obter e que, por isso, chegavam a valer por dez ou mais dos outros. Eram também utilizados como valores que se arriscavam em jogos de azar ou sorte como o berlinde, o pião, as cartas, o rapa-tira-põe.  Este mercado permitia aos menos favorecidos obterem as figurinhas que os mais abonados possuíam com maior abundância. Todos os meios eram lícitos para se atingir o objectivo fundamental: completar a caderneta. Na verdade apenas um podia chegar a completá-la porque o famoso número da bola só vinha num dos rebuçados e eram os mais dotados de dinheiro que podiam arrematar o fundo da lata.

Conseguia-se assim obter o mais desejado dos prémios: uma bola de couro e cautechu, igualzinha às que eram usadas nos jogos à séria. Daí que os famosos bonecos, ao mesmo tempo que divulgavam os Peyroteos, os Espirito Santos, os  Matateus, os Travassos e os Arsénios, cumpriam uma outra função de divulgação do futebol: espalhar pelo país as bolas que permitiam praticar o jogo em situação aproximada à preconizada pelas regras, o que era muito importante numa época em que predominava a redondinha de trapos.

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publicado às 09:10


O FUTEBOL: Como tudo começou...(XV)

por Francisco Galego, em 15.07.10

Foi nos anos vinte do século passado que se fizeram os primeiros ensaios de selecções nacionais para jogos com equipas estrangeiras, embora esses teams encarregados de representarem o país, fossem quase exclusivamente constituídos por jogadores dos clubes de Lisboa. Num jogo disputado em 18 de Dezembro de 1921, a equipa portuguesa integrava jogadores do Sporting Club de Portugal, do Sport Lisboa e Benfica, do Casa Pia Atlético Club, do Club Internacional de Futebol (CIF), todos clubes da capital, e apenas um jogador do Futebol Club do Porto que, significativamente, antes tinha jogado num clube de Lisboa. Neste tempo, ainda que de forma camuflada, surgiram as primeiras tentativas de aliciamento dos melhores jogadores pelos melhores clubes que lhes ofereciam compensações económicas, constituindo-se assim os primeiros ensaios de profissionalização dos jogadores.

Em 1922 disputou-se o primeiro Campeonato de Portugal, entre o Sporting Clube de Portugal e o Futebol Clube do Porto tendo sido disputado em duas mãos com um terceiro jogo para desempatar.

Em 1923, Portugal que era membro provisório da FIFA desde 1914, oficializou a sua integração neste organismo internacional.

A partir de 1923, com a generalização das Associações de Futebol, o Campeonato de Portugal pôde alargar-se a outros clubes como o Olhanense, campeão em 1924, o Marítimo, campeão em 1926, o Belenenses em 1927 e 1929 e o Carcavelinhos em 1928. O Sporting foi campeão em 1923 e o Porto em 1925.

No mesmo dia em que terminou a 1ª República derrubada pelo golpe militar do 28 de Maio de 1926, a União Portuguesa de Futebol deu lugar à Federação Portuguesa de Futebol , organismo que passava a superintender em todas as questões deste desporto, incluindo a organização dos campeonatos tanto a nível nacional como internacional.

 

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publicado às 09:07


O FUTEBOL: Como tudo começou...(XIV)

por Francisco Galego, em 12.07.10

Fazendo uma pesquisa sobre os clubes que actualmente integram as três divisões maiores dos nossos campeonatos, verifica-se que, a maior parte deles, foram fundados antes de 1930, com particular incidência nos anos 20, período em que se constituíram também a maior parte de associações distritais de futebol. Só então começaram a estar criadas as condições para a organização dos campeonatos.

Os últimos anos da monarquia e as quase duas décadas que durou a República, foram bastante férteis no que respeita à prática desportiva, particularmente a do futebol.

Foi sobretudo nos anos 20 que se assistiu a um verdadeiro renascimento do futebol em Portugal. Nos grandes centros urbanos, as associações locais de futebol começaram a organizar campeonatos, taças e outros torneios. Os jogos de futebol começavam a atrair multidões, embora muitos campos, mesmo em Lisboa, fossem ainda improvisados em terrenos baldios, em locais de feiras e mercados, em paradas de aquartelamentos militares, em espaços industriais e em praças públicas. Mas começaram a aparecer os primeiros espaços desportivos concebidos e equipados para a prática do futebol, garantindo as condições minimamente aceitáveis tanto para os praticantes, como para os espectadores.

 

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publicado às 09:04


O FUTEBOL: Como tudo começou...(XIII)

por Francisco Galego, em 09.07.10

Várias condições e factos ajudam a explicar a relativa lentidão da implantação do futebol a nível nacional. O país, até à década de 60, careceu de meios de  transporte que permitissem a fácil deslocação das equipas. Os custos e o desconforto dessas deslocações desmobilizavam as vontades e impediam o alargamento das competições a vastas zonas do território nacional. Viajar pelo país era então uma aventura que exigia recursos, tempo e capacidade de resistência. Qualquer viagem de média distância demorava horas e, quase sempre, teria de ser feita em condições de muito pouco conforto. Os veículos eram ainda rudimentares e as estradas eram de má qualidade.

No Distrito de Portalegre, nos anos trinta, as vias de comunicação e os transportes tornavam muito difíceis os contactos e as deslocações.

Segundo A Voz Portalegrense, em 1932 o caminho de ferro ainda não tinha chegado a Portalegre.

No que respeita às estradas as suas condições eram tão limitadas que nos meses de inverno se tornavam intransitáveis. Campo Maior não tinha Acesso directo à capital de distrito. As estradas para Santa Eulália e para  Degolados e Arronches , só podiam ser praticadas em poucos meses  do ano.

Nos anos trinta do século passado, um combóio que saísse de Lisboa às 14 horas e 45 minutos, chegava a Elvas quase oito horas depois, por volta das 22 horas.

Os clubes eram muitos. Mas, a maioria deles, eram de muito pequena dimensão. As equipas circunscreviam-se aos onze jogadores que se equipavam para jogar. Muitas vezes, os mesmos acumulavam as funções de direcção e de gestão das coisas do clube. Os próprios jogadores compravam e cuidavam dos seus equipamentos.

A maioria desses clubes desapareceu quase sem deixar rasto. Os que sobreviveram tiveram sortes diversas. Enquanto uns chegaram aos escalões superiores ganhando projecção nacional, outros continuaram a militar nos escalões inferiores de expressão meramente local.

 

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publicado às 09:01


O FUTEBOL: Como tudo começou...(XII)

por Francisco Galego, em 06.07.10

 

O testemunho que a seguir se transcreve, revela, com toda a clareza e sem equívocos, quanto eram ainda imprecisas as regras do futebol que se praticava na maior parte das terras de Portugal, nas primeiras duas décadas do século XX.

O que acontecia de facto, era que os jogadores jogavam quando lhes apetecia, sendo por vezes difícil, ou mesmo impossível, constituir equipa para jogar.

Num jogo em Elvas, em 7 de Dezembro de 1930, entre os seniores do Sporting Club   Elvense e os do Sport Lisboa e Elvas que eram na época os dois   maiores clubes da cidade, apesar de o Sport Lisboa ter avisado por carta que não podia comparecer, a outra equipa entrou em campo, alinhou, o árbitro deu início à partida, marcaram dois golos na baliza deserta para confirmarem que ganhavam o jogo e o árbitro deu por findo o desafio.

A Voz Portalegrense de 12 de Fevereiro de 1933, a propósito de um jogo entre o Sport Club Estrela  de Portalegre e o Lusitano Ginásio Club de Évora escrevia que, quanto às condições de substituição, ficou combinado o seguinte: substituir apenas os jogadores que se magoassem, não voltando depois ao  terreno.

Diz o jornal: Ora, o Lusitano não cumpriu o combinado e substituiu durante o encontro alguns jogadores sem estarem magoados, por estarem a jogar mal e alguns dos jogadores substituídos voltavam depois ao campo, saindo os que os tinham substituído, ou os que melhor lhes conviesse.

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publicado às 09:06


O FUTEBOL: Como tudo começou...(XI)

por Francisco Galego, em 03.07.10

Há oitenta anos atrás, reinava o amadorismo e o improviso. As regras utilizadas na maior parte dos desafios estavam ainda muito pouco definidas. Os jogos, na sua maioria, raramente começavam à hora marcada: era preciso esperar que os jogadores chegassem e se equipassem. Depois, escolhia-se, os entre os elementos da assistência, o árbitro para dirigir o desafio.

A duração do jogo variava consoante a disposição do árbitro e dos próprios jogadores. Estes, por vezes, interrompiam o jogo  porque algum deles se magoava. O tempo de duração das duas partes de 45 minutos separadas por um intervalo de 15 minutos nem sempre era respeitado pelos árbitros. Havia frequentes interrupções causadas pela discordância com as decisões tomadas pelo juiz da partida. Alguns jogos nem atingiam o tempo regulamentar dos 90 minutos porque os jogadores, zangados, se recusavam a continuar.  Levantavam-se  conflitos e suspeições porque os próprios árbitros tinham  comportamentos anárquicos, regendo-se mais pelos seus impulsos e caprichos do que pelas regras do jogo.

A Voz Portalegrense, em 1931, referia que um árbitro tinha abandonado o campo aos 39 minutos por causa de um grito de "fora o árbitro" lançado por um espectador , tendo sido substituído por outro para que se pudesse acabar o desafio. Noutro caso, um desafio esteve interrompido vários minutos porque os jogadores de uma equipa, não concordando com a marcação de um penalty, chutavam a bola para longe sempre que o árbitro a colocava na marca de grande penalidade e, por isso, a segunda parte do jogo durou 53 minutos.

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publicado às 09:18


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