PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS LOCAIS
1368 - Em 15 de Março de 1368 D. Fernando esteve em Campo Maior, passando depois a Elvas e Juromenha.
1379 - D. Fernando confirmou os privilégios do bispo de Badajoz sobre Campo Maior. Até ao fim da primeira dinastia os bispos de Badajoz vão manter interesses em Campo Maior e a tutela da sua Igreja a nível espiritual.
1386 - No final de 1386, só Campo Maior, Ouguela e Olivença se mantinham ao lado de Castela. Repare-se que são as terras que tinham permanecido castelhanas até 1297. Ouguela por este tempo já perdera importância militar. O alcaide de Campo Maior era simultaneamente o alcaide de Ouguela.
1388 - Em 15 de Setembro de 1388, D. João I veio, à frente de um exército, cercar Campo Maior. A vila foi ocupada pela força, em 13 de Outubro, depois de resistir por quatro semanas. A população não só não recebeu com simpatia os portugueses, como correu a refugiar-se no castelo e a participar nas acções de defesa ao lado da guarnição castelhana. O alcaide do castelo de Campo Maior, a 1 de Novembro de 1388, prometeu a capitulação definitiva, caso não fosse socorrido por tropas castelhanas no prazo de trinta dias. Não tendo chegado qualquer reforço, a vila e o castelo foram entregues ao rei de Portugal em 1 de Dezembro de 1388. Só Olivença continuou a resistir, juntamente com Noudar e Mértola, no Alentejo, até ao acordo de tréguas assinado pelos reis de Portugal e Castela em Monção, em 29 de Novembro de 1389.
1392 – Nesta altura foram cortados todos os vínculos, incluindo os eclesiásticos que ligavam Campo Maior e Ouguela a Campo Maior. A partir de 1392 as vilas raianas desta região passaram a constituir uma administração eclesiástica própria.
1396 – Campo Maior tornou-se o centro militar donde partiam as acções contra os castelhanos nesta região da fronteira. Daqui partiu a expedição que na madrugada de 11 de Maio de 1396 cercou e conquistou o castelo de Badajoz.
1420 - Depois da conquista de Ceuta, D. João I pediu ao papa para erguer a igreja dessa praça a bispado. Martinho V, pela bula Romanus Pontifexde 4 de Abril de 1418,encarregou os arcebispos e Braga e de Lisboa de darem provimento a esse desiderato. Em Sintra, em 6 de Setembro de 1420, aqueles prelados deram sentença executória, passando Portugal a contar com mais uma diocese.
Aproveitando o Cisma que dividiu a cristandade na obediência a mais de um papa, D. João I logrou transferir para o reino a jurisdição de certas terras portuguesas que estavam sob a alçada de dioceses castelhanas. Foi nessa conjuntura que Olivença, Ouguela, Campo Maior e outros lugares próximos, que estavam dependentes do bispado de Badajoz, passaram para a jurisdição da diocese de Ceuta. Outro tanto aconteceu com as ordens militares que aproveitaram para se separarem da dependência que os ligava a mestres localizados em Castela.