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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Campo Maior, Setembro de 1897
Correram bastante animadas as Festas a São João Baptista que, de 4 a 7 do corrente se realizaram na importante e populosa vila de Campo Maior.
Quase todas as ruas da vila se achavam garridamente enfeitadas e, decerto, foi isto o maior atractivo das festas. Principalmente as ruas da Canada, da Misericórdia, Direita, do Paço, de Menantio, das Pereiras, 13 de Dezembro, Visconde de Seabra, Mouraria de Baixo e de Cima e Largo do Barão de Barcelinhos, ostentavam primorosas ornamentações.
À noite, com as iluminações, tornaram-se então verdadeiramente fantásticas.
O fogo de artifício agradou bastante. É pena que seja queimado num sítio onde o seu efeito quase não se pode desfrutar.
De Elvas foram muitíssimas pessoas a estas festas.
Ornamentavam-se cerca de 20 ruas e 4 largos.
A festa começou Sexta-feira com arraial em S. Joãozinho. Nos outros dias missa e procissão, concerto pela banda no coreto da Praça D. Luís, fogo de artifício, lançamento de balões, touradas; bailes na Câmara, nas casas particulares e nas ruas; marcha “aux flambeaux” no último dia para agradecer aos organizadores.
As festas decorreram durante os dias 4,5,6,e 7 de Setembro. Tinham, portanto, a duração de 4 dias. De 1893 até 1898, as festas foram anuais.
As ornamentações eram muito simples. Cada um armava a “testada” da sua casa. Havia
Tronos e Capelinhas armadas a S. João, arcos triunfais e uma gruta. Numa casa à Rua das Poças havia uma gaiola com um gato, um coelho e 2 rolas).
Pelas ruas, ao longo das frontarias das casas, vasos com plantas naturais e flores. Podiam-se contar mais de 500 vasos.
Quanto à iluminação, “O vento excessivo não autorizou a iluminação que ficou adiada para hoje”. Mais de 10.000 balões à veneziana; lamparinas feitas de casca de melão, laranja, melancia e ovos.
“Pelas ruas andavam mais de 5.000 pessoas, quase não se podia transitar; Houve diminuto número de forasteiros”.
“Mestre Garrifo estabeleceu na rua da Carreira desta vila uma sucursal do seu hotel.”
Dados recolhidos em:
Correio Elvense, Ano VIII, nº791, 4ª-feira, 8 de Setembro de 1897, p.2
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