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Copenhaga: Esperança ou desespero?

por Francisco Galego, em 26.12.09

 

O que foi a Conferência de Copenhaga? A situação é agora de tal forma preocupante que as atenções de todas as partes do Mundo estiveram concentradas para o que se estava a passar na capital da Dinamarca, nas últimas semanas.

Esta Cimeira do Clima, foi o culminar de um processo negocial no âmbito da Convenção-Quadro das Alterações Climáticas da ONU. Teve lugar em Copenhaga, capital da Dinamarca, de 7 a 18 de Dezembro. Participaram mais de 15 mil delegados, incluindo Chefes de Governo, de 191 países. Foi a 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para as Alterações Climáticas.

A grande finalidade desta conferência foi discutir as questões climáticas que afectam o Planeta e encontrar soluções que reduzam de imediato os factores que as determinam e travem, a médio e a longo prazo, o seu agravamento.

A situação apresenta-se com uma gravidade preocupante pois que se tem verificado um crescimento exponencial dos níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Desde o inicio da Revolução Industrial, em finais do século XVIII, até ao nosso tempo, regista-se um aumento da temperatura, atribuído ao aumento dos níveis do CO2 e esse aumento deve ser essencialmente imputado a causas humanas.

Na anterior Conferência do Clima de Bali, reunida em Dezembro de 2007, os representantes dos países que nela participaram comprometeram-se a trabalhar em conjunto para encontrar soluções para esta situação que põe em risco a vida na Terra.

Desta vez reuniram-se em Copenhaga representantes de 191 países com o objectivo de encontrarem um novo acordo climático que substitua o Protocolo de Quioto que expira em 2012. O novo acordo destina-se a vigorar de 2012 a 2020. As partes reunidas trataram de chegar a um compromisso sobre reduções das emissões de gases com efeito de estufa. Nas duas semanas que a Conferência durou, as partes tentaram encontrar maneiras de reduzir as alterações climáticas e as formas de financiar os países em desenvolvimento de modo a que estes procedam às adaptações necessárias para que consigam reduzir as emissões de gases com efeitos nocivos, pois que, de acordo com diversas estimativas, essas adaptações irão custar cerca de 100 mil milhões de dólares por ano.

 

A Conferência de Copenhaga terminou com o desespero dramático de alguns que entendem que se ficou muito aquém do seria necessário e a aceitação conformada de outros que consideram que se chegou onde, por agora, era possível chegar.

Provavelmente, teremos ainda de correr mais riscos, assistir a maiores tragédias, aumentar o grau de sofrimento dos que vão continuar a suportar as consequências do egocentrismo dos mais acomodados. Talvez que, depois, possam vir a ser tomadas medidas mais adequadas. Veremos que efeitos práticos terão as declarações proferidas e os compromissos agora assumidos. Esperemos que não se adiem as soluções até ao momento em que será já tarde demais para evitar um colapso generalizado.

 

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publicado às 21:00


Aa questões climáticas

por Francisco Galego, em 22.12.09

Estará a vida na Terra em risco? Segundo a opinião de vários cientistas que se dedicam ao estudo das variações climáticas, esta década que agora termina, terá sido uma das mais quentes desde 1850. Segundo os estudos realizados, este aumento da temperatura resultou da emissão de gases com efeitos de estufa. O Mundo tem várias regiões e muitas espécies de seres vivos ameaçadas. Como alerta para os perigos que nos ameaçam podemos apontar, como dois exemplos significativos, o dos glaciares da Gronelândia e o dos ursos polares na Rússia.

 O problema das alterações climáticas têm sido levantado em três vertentes que tem agido a três níveis diferenciados e que começaram a manifestar as suas preocupações em distintos tempos:

1. Num primeiro momento foram os grupos ecologistas que começaram a protestar contra os excessos de um desenvolvimento económico desenfreado. Estes protestos enfrentaram uma indiferença generalizada aos efeitos colaterais e suscitaram uma grande hostilidade aos sinais de alerta e a todas as acções de contestação. As reacções contra estes movimentos vieram tanto do campo empresarial como dos responsáveis políticos;

2. Depois, foram os políticos que, perante a evidência do desastre que fora desencadeado, não podendo ignorar os efeitos cada vez mais evidentes, nem calar os protestos crescentes, temendo as consequências sociais que se evidenciavam, passaram ter a uma intervenção aberta como a que se tem verificado nas diversas conferências que já se realizaram sobre esta questão;

3. Já se começaram a manifestar também as preocupações da terceira vertente pois que, perante uma pressão impossível de conter e perante a evidência do desastre para que se está a caminhar, os empresários, os cientistas e os técnicos, se apressam agora a encontrar soluções que possam, sem diminuir o progresso tecnológico e sem afectar o desenvolvimento da economia, evitar os efeitos perniciosos que põem em risco a sobrevivência da vida no nosso planeta.

 

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publicado às 09:00


Uma questão de vocação?

por Francisco Galego, em 15.12.09

No início deste mês, os jornais trouxeram a notícia de que, em resultado da provável afluência massiva de doentes afectados pela gripe A ou pela gripe sazonal, no período do Natal ou no fim do ano, os serviços de saúde admitiam a necessidade de requisitar clínicos que estejam em gozo de férias. Mas apressaram-se também a noticiar que os sindicatos declaravam que tal decisão seria ilegal.

E eu a julgar que, acima de tudo, os médicos devem acudir sempre que a vida dos doentes esteja em perigo. Será ingenuidade minha pensar que os deveres deontológicos que definem as obrigações dos médicos devem estar acima dos seus direitos laborais?

Penso mesmo que, em situação de emergência, os médicos acudiriam voluntariamente sem levantarem qualquer objecção. Bem, ou os médicos mudaram muito, ou eu sou um ingénuo optimista, completamente iludido sobre a questão das vocações.

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publicado às 11:52


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