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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Os documentos que podemos utilizar para recolha de informações úteis e necessárias para a elaboração do conhecimento histórico, são dos mais variados tipos e, consoante a perspectiva e a estratégia utilizadas para a sua leitura e análise, são susceptívies de múltiplas interpretações.
Aqui se apresenta a leitura estruturada que procurámos fazer da Planta da Praça de Campo Maior, elaborada para fins militares, pelo Real Corpo de Engenheiros, publicada em 1817, em folha de 94 x 62 cm.
Para melhor organização da sua leitura, optou-se por constituir duas zonas representadas na Planta, para que, cada uma delas, correspondesse às fases de crescimento da vila, desde o início do séc. XIV até ao início do Séc. XIX.
As informações contidas no documento em análise foram organizadas por categorias que facilitassem, a sua leitura, o seu registo e a sua descrição.
SECTOR 1:
Esta é primeira área de crescimento da vila, nos séculos XIV, XV e XVI. Extravasando as muralhas do castelo medieval que abrigavam a “Vila Velha”, uma nova parte da vila vai alastrar descendo pela encosta, desde uma primeira radial formada pelas ruas da Barreira e da Soalheira (ou, segundo a "Planta", rua da Cadeia) até uma nova radial formada por: Rua das Poças, Rua da Misericórdia, Rua do Paço e Largo da Alagoa. Esta nova radial terá começado a ser ultrassada no século XVI, devido ao crescimento de novas ruas para a zona oriental da malha urbana representada na "Planta".
Vejamos o que a "Planta" nos apresenta este Sector 1, lendo e anotando de Norte para Sul :
Ruas e Largos:
Elementos destacados:
Extramuros:
SECTOR 2.
Numa nova fase que terá começado no século XVI, deu-se o crescimento para a zona oriental a partir da linha demarcada pela sequência de ruas que separam os dois sectores da malha urbana da vila: Rua das Poças; Rua da Misericórdia; Rua do Paço; Largo da Alagoa.
Torna-se importante tomar em consideração que a época anterior à data em que foi desenhada esta “Planta”, foi marcada por grandes acontecimentos dos quais se destacam:
- A Restauração da Independência de Portugal, apos a qual a vila transformou numa forte Praça de Guerra, para defesa da fronteira, na expectativa das tentativas de invasão durante a guerra com a Espanha - A Guerra da Restauração - que iria durar 28 anos, desde o 1º de Dezembro de 1640 até à assinatura do Tratado de Paz, em Madrid, em 5 de Janeiro de 1668. É a configuração da vila que resultou desta conjuntura que está representada na "Planta".
- As sucessivas guerras nos séculos XVII e XVIII que só irão terminar com a queda de Napoleão confirmada no Congresso de Viena em 1815.
- No caso específico de Campo Maior há que referir, principalmente, os efeitos provocados pelo Cerco de 1712 que durou cerca de um mês, causando grandes destruições, a que se seguiu a terrível catástrofe que foi a explosão do paiol instalado na torre de menagem do antigo Castelo, em 1732.
Foi, portanto, um período de assinaláveis mudanças em que a vila foi afectada por graves problemas e grandes obras de restauração.
Vejamos então o que falta ler e analisar neste precioso documento que é a "Planta Militar de 1817". Na leitura e análise deste “Sector 2”, procedeu-se a uma observação da "Planta" feita de Sul para Norte.
A leitura e análise desta parte oriental foi feita usando as mesma categorias utilizadas para o “Sector1”, antes analisado.
Ruas e Largos: Rua das Poças; Largo das Poças; Rua da Guarda de S. Francisco; Ruinha de Santo António; Rua da Fonte de Baixo; Rua da Fonte de Cima; Rua da Canadinha; Rua das Pereiras; Rua do Menantio; Praça Nova; Rua da Canada; Rua de S.Pedro; Rua da Mouraria; Rua da Carreira; Rua da Misericórdia; Terreio da Misericórdia; Rua Estreita; Largo da Matriz; Rua do Tenente-General; Largo da Carreira; Rua do Poderozo; Rua de S. João de Deus; Rua de S. João Baptista; Rua da Alagoa.
Elementos destacados: Igreja da Matriz; Porta da Carreira (também designada como Porta de S. Pedro, ou como Porta Nova); Igreja e Hospital de São João de Deus, Igreja de São João Baptista; Meio-baluarte de S. Francisco; Tanque, bebedouro e fonte do Largo das Poças; Baluarte da Fonte do Concelho; Meio-baluarte do Príncipe; Baluarte do Cavaleiro.
Extramuros: Estradas para Badajoz; Forte de São João Baptista; Fonte das Negras; Estrada de S. Pedro; Estrada dos Tilheiros; Revelim do Lago; Fonte Nova; Revelim da Carreira.
NOTA: Para complemento de leitura, ver também:
CAMPO MAIOR – NOMES DE RUAS ANTIGAS ( I ) http://alemcaia.blogs.sapo.pt/campo-maior-nomes-de-ruas-antigas-i-177503
CAMPO MAIOR – NOMES DE RUAS ( II ) http://alemcaia.blogs.sapo.pt/campo-maior-nomes-de-ruas-ii-177674
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