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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Porque o ANO NOVO deve ser um tempo de avaliação:
Segundo Eduardo Lourenço, a cultura é a maneira que, cada civilização, cada povo, cada época, têm de se questionarem a si próprias sobre o que são, para onde caminham e quais os caminhos que devem seguir. Para ele: “A cultura não é a resposta, é a questão”; “A cultura é o diálogo da humanidade consigo própria”. Por isso, “Não há um paradigma. Não há cultura, mas culturas”, porque, nem as perguntas, nem as respostas, são as mesmas. Variam com o tempo, com as circunstâncias e com as situações.
A cultura é um conhecimento que não consiste em saber coisas, mas em dar sentido às coisas. É a capacidade de saber avaliar e de avaliar-se a si mesmo, é o pensamento de que resulta a compreensão.
Onde não houver pensamento não há cultura; há apenas coisas. O sujeito cultural é sempre um sujeito com memória do que foi e que elabora o projecto daquilo em que pretende tornar-se. Ou seja, o sujeito cultural comprende o seu passado e constrói o seu próprio futuro.
Jean Jacques Rousseau colocou a cultura no centro da formação humana. A cultura é um conhecimento que se assimila, que se desenvolve e que se transmite. Por isso, a cultura pressupõe a capacidade de compreender e alarga a capacidade de agir.
Neste sentido podemos designar como contracultura, o que existe para nos distrair da verdadeira cultura. Numa situação de contracultura, o tempo como que pára, instalando-se um presente contínuo, sem passado e sem futuro. Ou seja, deixa de haver memória de si mesmo e deixa de existir projecto de construção do nosso próprio futuro.
De certo modo, cada sociedade, ou cada época, pode ser avaliada consoante o modo como se posiciona em relação a estes dois polos: o da cultura e o da contracultura.
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