Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]




A DEFESA DA FRONTEIRA DO ALENTEJO EM 1641

por Francisco Galego, em 09.04.18

Houve uma urgente necessidade de reforçar a defesa da fronteira do Alentejo, no inicio de 1641, começo da "Guerra da Restauração".

O conde de Vimioso, que assumiu o posto de capitão-general do Alentejo, concentrou os meios de defesa em Elvas, sendo depois substituido por Matias de Albuquerque que devastou algumas terras da Estremadura espanhola, tendo obtido uma importante vitória no lugar de Lobon, perto do Montijo. Esta Batalha do Montijo deu grande ânimo ao exército português, tendo Matias de Albuquerque sido agraciado com o titulo de Conde de Alegrete.

 O conde de Monterrey, fortificado em Badajoz, atacou Campo Maior e Olivença. Campo Maior apesar de dispor de poucos meios, resistiu. O ataque a Olivença foi mais violento  mas resistiu por ter esta vila ter sido prontamente socorrida.

Foi feito um grande esforço para reparar as fortalezas e castelos da raia, alguns dos quais estavam desmantelados.

A guerra recrudesceu em meados de 1648. Elvas tornou- se o alvo privilegiado dos ataques que fizeram perigar a defesa da cidade que sofreu um cerco de três meses: Outubro, Novembro e Dezembro. A peste agravou muito a situação de defesa da cidade, chegando a fazer 300 mortos por dia.

Quando cehegaram reforços, sob o comando do conde Cantanhede, às quais se juntaram as guarnições de Juromenha, Vila Viçosa, Borba, Campo Maior, Arronches e Monforte, foi possível passar ao contra-ataque a fim de impedir que o exército inimigo fosse atacar Lisboa. Obter uma vitória significaria assegurar a independência do reino.

No dia 14 de Janeiro de 1659, deu-se a batalha que constituiu um dos momentos mais altos para a vitória final na Guerra da Restauração: A Batalha das Linhas de Elvas.

Na manhã de dia 15 foi tomado o Forte da Graça. Os catelhanos deixaram mais de 5.000 prisioneiros, muitos mortos, alguns afogados no Caia e no Guadiana. Os outros foram refugiar-se em Badajoz.

  1. Sancho Manuel, devido a esta vitória, recebeu o título de conde de Vila Flor. O relato deste feito foi registado pelo conde da Ericeira.

Contudo, a guerra ainda se reacendeu nos anos de 1663 a 1665, em que se deram as últimas campanhas da Restauração.

Seguidamente começou uma crise política interna, no reinado de D. Afonso VI.

--------------------------------------------------------------------------------------

IN, Joaquim Veríssimo Serrão – HISTÓRIA DE PORTUGAL, Vol. V (1640- 1750) - A RESTAURAÇÃO E A MONARQUIA ABSOLUTA, Ed. Verbo

--------------------------------------------------------------------------------------

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:03



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2009
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2008
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2007
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D