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Aqui se transcrevem textos, documentos e notícias que se referem à vida em Campo Maior ao longo dos tempos
Na tarde de 23, às cinco horas e quinze minutos ouviu-se um ruído que se repetiu dois segundos depois com uma intensidade horrorosa, sentindo-se então a terra tremer com violência, os prédios oscilarem, tudo acompanhado de sensível calor. Gerou pavor e pânico nas pessoas que aterradas saíram para a rua. No dia seguinte, devido ao boato de que se ia repetir à mesma hora, muita gente saiu para o campo e outros para a Avenida.
Não houve graves prejuízos materiais.
Foi do Bº de S. João até à Rua de S. Pedro que o fenómeno se fez sentir com mais violência, destruindo cerca de quatro metros da balaustrada da varanda da Igreja de S. João Baptista na parte norte, a qual caiu para a rua. A abóbada da igreja ficou fendida. As duas pilastras piramidais que se erguem da cimalha das torres, deslocaram-se ficando encostadas à cúpula da torre.
Na Igreja Matriz, apenas no interior se vêm fendas nos altares de S. Miguel e da Senhora do Carmo.
Em muitas casas abriram-se pequenas fendas.
Este fenómeno verificou-se por todo o país, sendo muito grave em Benavente, Samora Correia, Salvaterra e Carregado, onde provocou vítimas e incalculáveis prejuízos.
Vai-se efectuar um bando precatório e uma récita de teatro para auxiliar as vítimas do terramoto.
Publicado no Nº 1656, de 26 de Abril de 1909 do jornal "O Distrito de Portalegre"
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