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A FESTA DO 1º DE MAIO

por Francisco Galego, em 28.04.10

O 1º de Maio é a festa universal do trabalho, determinada no CONGRESSO INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES, em Julho de 1889.

A partir de 1892, a festa operária do 1º de Maio já era celebrada em muitos países de todo o mundo, principalmente dos que estavam mais industrializados.

 

Em Portugal o 1º de Maio começou a celebrar-se logo em 1890. Até à Ditadura Militar e ao Estado Novo que se lhe seguiu, foi anualmente celebrado nas terras onde existiam núcleos de operariado sendo considerado dia de descanso para os operários. Apesar da má vontade e dos obstáculos levantados pelo governo e da perseguição das polícias, as celebrações mantiveram-se ao longo dos anos de ditadura em algumas cidades e vilas onde o núcleo operário tinha presença significativa.

O 1º de Maio de 1931 ficou assinalado por violentas manifestações e confrontos de rua, principalmente em Lisboa. Este ano de 1931 ficou marcado por grandes acontecimentos: Em Espanha, duas semanas antes, fora proclamada a república; estava em curso uma revolta na Madeira que só foi vencida recorrendo a avultados meios navais e policiais - o jornal O Século chegou a noticiar a queda do governo; Em Lisboa a GNR dispersou a manifestação a tiro tendo havido um morto e vários feridos; No Porto houve também grandes manifestações.

A partir de 1935 o Estado Novo procurou integrar as manifestações do 1º de Maio, no quadro do corporativismo, dando-lhe um carácter nacionalista através dos sindicatos nacionais, organizando, através da FNAT, a Festa do Trabalho, o cortejo com carros alegóricos e ranchos folclórico. Essa festa era, em cada ano, em sua terra, mas longe dos grandes centros operários como o Barreiro, Barcelos, Famalicão e Guimarães.

A partir de 1939 e até ao fim da Segunda Grande Guerra, os cortejos deixaram de se realizar. Em sua substituição a FNAT lançou a revista 1º de Maio com doutrina corporativa, nacionalista e organizava, na 1ª semana de Maio, festivais de ginástica e de actividades desportivas.

Depois da Segunda Grande Guerra (1939-1945), o governo passou a uma atitude de mera contenção e controlo ao recurso a meios de repressão cada vez mais duros e violentos tentando evitar a todo custo qualquer tentativa de celebração. Apesar disso, em muitas terras o feriado municipal coincidia com o dia do trabalhador como, por exemplo, no Crato e na Covilhã onde os trabalhadores continuavam a celebrar  o 1º de Maio. Talvez devido a isso, o governo decretou o fim dos feriados municipais. Mas, nos grandes centros, principalmente em Lisboa e no Porto, houve sempre tentativas de manifestações que acabavam em violentos confrontos com as polícias.

1962 foi o ano de maiores manifestações do 1º de Maio durante o Estado Novo e foi o ano em que entraram em cena e em massa os estudantes – houve um morto e vários feridos.

Eem 1963 e 1964 voltou a haver vítimas mortais, feridos e muitas prisões; em 1970 e até ao 25 de Abril, apareceram as acções revolucionárias com bombas contra alvos estratégicos.

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FOI HÁ 36 ANOS:

por Francisco Galego, em 25.04.10

 

 

 

 

 

O PONTO DE PARTIDA DE MAIS UMA ETAPA?

 

 

O COMEÇO DE UMA ESPERANÇA QUE SE  IRÁ ESCULPINDO NO TEMPO.


POR VEZES COM O AVANÇO DOS GRANDES PASSOS.

OUTRAS VEZES COM AS HESITAÇÕES E AS FORTES CONTRA-VONTADES DOS QUE QUEREM QUE NADA MUDE.

 

MAS, DA PERSPECTIVA  DO OLHAR OMNIPRESENTE QUE  SÓ DEUS PODERIA TER, O PROGRESSO VAI-SE REALIZANDO.


MESMO QUE PAREÇA QUE ESTAMOS A REGRESSAR, ACABAMOS POR CAMINHAR PARA O APERFEIÇOAMENTO CADA VEZ MAIOR DA NOSSA CONDIÇÃO DE HOMENS DESTINADOS À MORTALIDADE DA NOSSA NATURAL CONDIÇÃO, MAS DOTADOS DE UMA RAZÃO CAPAZ DE SONHAR COM A IMORTALIDADE.





 


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HISTÓRIA DO FUTEBOL EM CAMPO MAIOR ( IV )

por Francisco Galego, em 23.04.10

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HISTÓRIA DO FUTEBOL EM CAMPO MAIOR ( III )

por Francisco Galego, em 19.04.10

ANTEPASSADOS QUASE DESCONHECIDOS  (2)

 

Na primeira reunião da direcção do novo clube, em 21 de Outubro de 1915, foi lido “um ofício do congenere Lusitano Sporting Club, felicitando o Club Desportivo Cinco de Outubro pela sua fundação e enviando como protesto de amizade uma fotografia da sua equipa de futebol e um cartão individual do cidadão João Botica, do Grupo Sportivo Campomaiorense no sentido do anterior”.

É tudo o que sabemos destes dois clubes, provavelmente, os mais antigos que existiram em Campo Maior. Não sabemos quando foram fundados, nem quando se extinguiram, embora, pela acta da reunião fundadora do Cinco de Outubro, pareça que o Grupo Sportivo se dissolveu aquando da fundação do novo clube. Quanto ao Lusitano, parece ter continuado, disputando desafios com o Cinco de Outubro no Campo do Rossio. Podemos ter a certeza de que havia jogos no Campo do Rossio, como se pode deduzir da análise da contabilidade e do inventário dos bens do Club Desportivo Cinco de Outubro onde aparecem inscritas verbas atribuídas ao guarda do tanque do Rossio por guardar as duas bolas, as quatro traves e as duas cordas das balizas que o clube tinha adquirido para se usarem no campo de futebol.

Por decisão da Assembleia Geral de Maio de 1916, a Secção de Desportos do Clube Desportivo Cinco de Outubro passou a designar-se Sport Club Esperança mas, a Guerra de 1914-1918 começara a levantar grandes dificuldades quer a nível do pagamento das quotas, quer por causa do recrutamento de jogadores e de sócios para o exército. Em consequência, na reunião da direcção de 5 de Junho de 1916, foi decidido “suspender a cobrança da associação e paralisar-se temporariamente toda a vida do clube”. Assim terminava o Club Desportivo Cinco de Outubro. Só nos anos vinte voltarão a aparecer notícias referindo a existência de clubes de futebol em Campo Maior.

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HISTÓRIA DO FUTEBOL EM CAMPO MAIOR ( II )

por Francisco Galego, em 14.04.10

ANTEPASSADOS QUASE DECONHECIDOS (1)

 

 

Dos grupos que primeiro se terão constituindo e que se extinguiram com a Primeira Grande Guerra, ficou apenas memória de um que se chamava 5 de Outubro Foot-Ball Club; mas, mesmo este, tinha cessado por completo as suas actividades no início dos anos 20.

Nada podemos afirmar sobre quando e como terá chegado a Campo Maior o conhecimento e a prática do futebol. O mais provável é que tenha sido trazido por jovens da terra que estudavam em Lisboa ou em Coimbra, pois em ambas as cidades, o futebol se desenvolveu desde muito cedo.

De concreto apenas podemos encontrar testemunhos de que, antes da guerra de 1914-1918, existiam  em Campo Maior grupos que se dedicavam à prática do futebol.

O jornal de Elvas O Leste, em Julho de 1915, referia os nomes dos clubes que, em Elvas, se dedicavam à prática do futebol: Sport Club Progresso, União Desportiva Elvense, e Grupo Académico. Segundo o jornal, a prática do futebol já estava antes instalada nos hábitos da juventude pois “ Houve uma época, que o amôr do foot-ball era como que uma doença que atacava a mocidade... a cada passo, ao dobrar da esquina ou no meio de qualquer rua, tinhamos que nos esquivar ... para evitar o ímpeto de uma bola de trapo com que a juventude se divertia.

O mesmo jornal, em Fevereiro de 1916, em crónica assinada por J.R. que, quase de certeza terá sido escrita pelo punho de João Ruivo, noticia a realização de um desafio em Campo Maior entre o União Desportiva Elvense e o Club Desportivo 5 de Outubro tendo este alinhado com: Mourato, José Ruivo, Guitano,  Saragoça, João Ruivo ( Captain ) , Garcia, Botica, Sérgio e Alberto Mourato, porque na 1ª parte faltaram Serafim e Ensinas. Segundo o cronista: O grupo 5 de Outubro, mostrou-se ainda pouco conhecedor das passagens, chutando com muita força dando em resultado entregarem constantemente a bola aos adversários e limitando-se à defesa durante quasi todo o jogo pois fizeram poucas e mal rematadas avançadas.

Na segunda parte, quiçá por entrarem nos seus logares os jogadores que haviam faltado à primeira, jogou-se com mais calor, defendendo melhor o 5 de Outubro, pelo que se não marcou mais nenhuma bola, contribuindo tambem para isso o facto do half-centro do União Desportiva Elvense ter abandonado o campo por motivos estranhos ao desafio...

Findo o desafio (com o resultado final de 3-0, golos marcados na 1ª parte),

Vitoriaram-se os grupos com os hurrahs do  estilo, indo em seguida abancar no Gavião Branco onde foi servido um lanche pelo 5 de Outubro.

Bom seria que os senhores jogadores do 5 de Outubro se convencessem de que a disciplina é a base do Association e que em vez de andarem a flirtar pelas calles se lembrarem dos seus compromissos.

João Ruivo, grande  animador cultural desde os tempos que se seguiram à Implantação da República, foi um dos seus principais praticantes. Da sua biblioteca fazia parte um livro sobre  futebol, O Football-Indispensavel a todos os jogadores- de Joseph Manchon editado em 1910 em Lisboa  e que deve ter constituído o manual que orientou as primeiras experiências feitas em Campo Maior para se praticar o futebol com alguma seriedade. Há entre os  documentos  que João Ruivo deixou, uma cópia manuscrita dos estatutos que ele próprio redigiu para o Club Desportivo Cinco de Outubro, no qual jogou até ser mobilizado para ir combater nos campos de França.

Na reunião que se fez para a fundação do Club Desportivo Cinco de Outubro e que se efectuou a 5 de Outubro de 1915 numa casa no Largo Dr. Regala, a qual ficou a funcionar como sede provisória, foi aprovado o Regulamento Interno Provisório e foi também deliberado “que se participasse a sua fundação aos seus congéneres Lusitano Sporting Club e Grupo Sportivo Campomaiorense (...) Em seguida alguns dos presentes que pertenciam ao antigo Grupo Sportivo ofereceram para os cofres da nova associação um escudo e cinco centavos que lhes coube por dissolução daquele”.

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HISTÓRIA DO FUTEBOL EM CAMPO MAIOR

por Francisco Galego, em 09.04.10

AS ORIGENS

 

Não possuímos provas documentais que nos permitam determinar com rigor o aparecimento dos primeiros grupos a dedicar-se à pratica do futebol em Campo Maior.

Existem algumas indicações de que, já antes do começo da Primeira Grande Guerra, tinham existido grupos de rapazes que ensaiavam os primeiros chutos na bola aproveitando as esplanadas dos antigos fortes do Cavaleiro e do Ribeirinho, o fosso terraplanado que viria a ser o Jardim das Viúvas, onde actualmente se situa o Lar Betânia, a terra batida do espaço onde se construiu o Jardim da Avenida, ou o Campo do Rossio, quando não estava ocupado com as eiras pois era aí que a população fazia a debulha dos cereais e o apuro da palha. Este campo do Rossio foi arranjado pela Câmara, para a prática do futebol no começo dos anos vinte e foi o campo normalmente utilizado pelos grupos da terra quando disputavam entre si desafios ou quando recebiam grupos de terras vizinhas, principalmente Elvas, Portalegre ou Badajoz. O campo que não dispunha de balizas fixas - improvisavam-se como dois paus a servir de postes ligados por uma corda a fazer de trave - nem sequer possuía as medidas regulamentares; mas foi o  único espaço disponível para a prática do futebol até se tornar possível a utilização do Campo Capitão César Correia, no início dos anos 40 .

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